Projetos pedagógicos devem combater violência contra gays e lésbicas, diz consultor da Unesco
Para evitar o bullying homofóbico nas escolas, Célio da Cunha, consultor da Unesco para a área da Educação, propôs a inclusão do tema nos projetos pedagógicos escolares, com a inclusão de metas para a erradicação de qualquer forma de discriminação e violência nesses estabelecimentos. Ele fez essa sugestão durante audiência pública encerrada há pouco na Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado (CE). A reunião foi solicitada pela senadora Fátima Cleide (PT-RO), que presidiu a sessão.
Outro participante da audiência, Carlos Laudari, diretor da Pathfinder Brasil, citou pesquisas sobre o tema ao afirmar que "não se tem idéia do que é o bullying homofóbico nas escolas públicas, que ocorre todos os dias e afeta, por exemplo, crianças de sete anos de idade". Um dos problemas, ressaltou Laudari, é o despreparo dos professores - que em certos casos seriam, eles próprios, os praticantes do bullying.
Durante a audiência, representantes de associações de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais - como o deputado federal recém-eleito Jean Wyllys (PSOL-RJ) - defenderam a aprovação do projeto de lei que criminaliza a homofobia, que tramita no Senado como PLC 122/06. Eles também homenagearam a senadora Fátima Cleide, que é a relatora desse projeto.
24/11/2010
Agência Senado
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