Prorrogação de CPI do Cachoeira por 180 dias recebe apoio de 34 senadores
A prorrogação dos trabalhos da CPI do Cachoeira por 180 dias já recebeu o apoio de 34 senadores. Este é o número de assinaturas obtidas até agora pelo senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), que pretende apresentar um requerimento à comissão mista pedindo os seis meses adicionais de investigação.
Na Câmara, no entanto, a situação é diferente. Apenas Rubens Bueno (PPS-PR) e Íris de Araújo (PMDB-GO) assinaram o documento, visto que o trabalho de coleta de assinaturas deve ser intensificado somente após o segundo turno das eleições municipais, quando o número de deputados presentes à Casa deve voltar ao normal.
Para que haja a prorrogação das atividades, são necessárias assinaturas de 171 deputados e de 27 senadores, um terço da composição de cada Casa do Congresso.
Com as reuniões suspensas por conta do período eleitoral, a CPI do Cachoeira tem prazo para funcionar até 4 de novembro, mas os líderes já concordaram em prorrogar os trabalhos. A falta de consenso é em relação ao prazo, que pode ser de apenas um mês ou de até seis meses, como propõe Randolfe.
Representantes do PSOL, do PDT e do PPS vêm insistindo em seis meses, sob alegação de que ainda há mais de 500 requerimentos a serem apreciados e muito a ser investigado, principalmente no que diz respeito a repasses financeiros feitos pela construtora Delta a empresas consideradas fantasmas. Parlamentares do PT e do PMDB, por sua vez, alegam que um mês a mais seria o suficiente. O relator Odair Cunha (PT-MG) chegou a afirmar que tem condições de apresentar um “relatório consistente” até o fim de outubro.
Parlamentares voltam a se reunir na próxima terça-feira (30), quando o assunto deve ser novamente discutido. No último dia 16, representantes partidários decidiram não encerrar a CPI no próximo dia 4, mas o prazo adicional não chegou a ser definido por falta de acordo.
Demóstenes
Nesta quarta-feira (25), o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) deve iniciar a análise de processo contra o ex-senador Demóstenes Torres, que corre o risco de perder o cargo de procurador de Justiça em Goiás. Demóstenes perdeu o mandato em julho, depois de ter sido acusado de defender os interesses de Carlinhos Cachoeira no Congresso Nacional. O contraventor goiano segue preso no presídio da Papuda, no Distrito Federal.
Os seguintes senadores já assinaram a prorrogação por 180 dias dos trabalhos da CPI:
Aécio Neves (PSDB-MG)
Aloysio Nunes (PSDB-SP)
Alvaro Dias (PSDB-PR)
Ana Amélia (PP-RS)
Antonio Carlos Rodrigues (PR-SP)
Armando Monteiro (PTB-PE)
Benedito de Lira (PP-AL)
Casildo Maldaner (PMDB-SC)
Clésio Andrade (PMDB-MG)
Cristovam Buarque (PDT-DF)
Cidinho Santos (PR-MT)
Ciro Nogueira (PP-PI)
Eduardo Lopes (PRB-RJ)
Flexa Ribeiro (PSDB-PA)
Gim Argello (PTB-DF)
Inácio Arruda (PCdoB-CE)
Ivo Cassol (PP-RO)
Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE)
Jayme Campos (DEM-MT)
João Durval (PDT-BA)
João Vicente Claudino (PTB-PI)
José Agripino (DEM-RN)
Luiz Henrique (PMDB-SC)
Magno Malta (PR-ES)
Marco Antonio Costa (PSD-TO)
Maria do Carmo Alves (DEM-SE)
Paulo Davim (PV-RN)
Paulo Paim (PT-RS)
Pedro Taques (PDT-MT)
Randolfe Rodrigues (PSOL-AP)
Ricardo Ferraço (PMDB-ES)
Roberto Requião (PMDB-PR)
Rodrigo Rollemberg (PSB-DF)
Sérgio Petecão (PSD-AC)
24/10/2012
Agência Senado
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