PSDB apresenta 12 reivindicações a candidatos à presidência antes de definir apoio



Após três horas de reunião, a bancada dos senadores do PSDB não chegou, ainda, a uma posição de consenso sobre o candidato à presidência do Senado que apoiará. Eles pretendem apresentar aos dois candidatos, Tião Viana (PT-AC) e José Sarney (PMDB-AP), uma pauta de 12 reivindicações para chegar a uma decisão, possivelmente no final da tarde desta quarta-feira (28).

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- Queremos um compromisso de honra do futuro presidente do Senado, em especial sobre sua posição contrária a qualquer tentativa de aprovação de um terceiro mandato para o presidente Lula. Também queremos garantia de defesa da independência e soberania do Congresso Nacional e luta para reerguer a imagem das duas Casas junto à opinião pública -- afirmou o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM).

O PSDB conseguiu chegar a uma definição sobre os candidatos aos cargos que pretende ocupar na Mesa do Senado: senador Marconi Perillo (GO) para a 1ª vice-presidência e senador Flexa Ribeiro (PA) para a 4ª secretaria. Eles também reivindicam a presidência de duas comissões permanentes de grande porte, preferencialmente a de Assuntos Econômicos (CAE) e a de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE).

Estavam presentes 10 dos 13 integrantes da bancada: Alvaro Dias (PR), Arthur Virgílio (AM), Eduardo Azeredo (MG), Flexa Ribeiro (PA), João Tenório (AL), Lúcia Vânia (GO), Marconi Perillo (GO) Marisa Serrano (MS), Papaléo Paes (AP) e Sérgio Guerra (PE). Os ausentes foram Tasso Jereissati (CE), Cícero Lucena (PB) e Mário Couto (PA), este último em decorrência de compromissos assumidos no Fórum Social Mundial que se realiza em Belém.

Ao falar com a imprensa, depois da reunião, Arthur Virgílio afirmou que o partido terá peso na disputa pela presidência do Senado. Segundo ele, os 13 votos do PSDB representam uma força política que pode exigir respeito. O líder garantiu que a bancada votará unida.

O senador pelo Amazonas disse, ainda, que o partido reivindica um procedimento de deliberação de medidas provisórias que rejeite, sumariamente, aquelas que não atendam às exigências constitucionais de relevância e urgência, além de um rodízio automático nas relatorias que não reserve, para os partidos de apoio do governo, as MPs que sejam mais polêmicas, como, segundo ele, acontece nos dias de hoje.

Para Arthur Virgílio, o PSDB pretende priorizar o projeto de reforma tributária que está em tramitação na CAE e quer a força da presidência do Senado para sua rápida aprovação. Ele reivindicou, ainda, que o novo presidente submeta, com agilidade, todos os vetos presidenciais à apreciação do Congresso Nacional, conforme determina a Constituição.

Laura Fonseca / Agência Senado



28/01/2009

Agência Senado


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