PT falha nos programas sociais, diz Virgílio



O líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), disse que o governo está tendo desempenho ruim em vários setores, a começar pelo excessivo uso da máquina administrativa sem o devido preparo técnico dos militantes do PT, com o fracasso de programas anunciados, o aumento da carga tributária e a queda da produção, comprometendo o desenvolvimento do país.

- O Brasil caminha lamentavelmente para o grande desastre e só há um culpado: o governo loteado do presidente Lula (Luiz Inácio Lula da Silva), cujos quadros não estão à altura do país - afirmou o senador.

O senador listou uma série de programas anunciados pelo PT, apontando o fracasso de todos eles, em contradição com o marketing político do Executivo. O Fome Zero, por exemplo, segundo o parlamentar, foi anunciado como um programa que revolucionaria a área social no Brasil e no mundo, mas o que ocorreu foi uma redução de 77% em relação aos recursos aplicados no ano passado nesse setor, ainda no governo de Fernando Henrique Cardoso. Citou ainda a promessa de geração de 10 milhões de empregos, que contrasta com a atual situação de aumento do desemprego no país.

Houve, também, observou, uma redução percentual da despesa na área social em relação à despesa orçamentária total: neste ano o percentual é de 72% e em 2004 será de 70%. Também o projeto de lei orçamentária de 2004, pela primeira vez, acentuou, não define o valor do salário mínimo. Quanto à reforma agrária, observou Virgílio, o governo petista destinará, em 2004, apenas R$ 1,5 bilhão ao setor, o que não dará para assentar as 60 mil famílias conforme a meta anunciada na campanha eleitoral de Lula. Esses recursos, disse, só serão suficientes para assentar cerca de 27 mil famílias.

Houve, no entanto, segundo o senador, grande aumento nas despesas com o gabinete da Presidência no projeto de Orçamento de 2004: de 70,7% em relação a 2003 e de 154% comparado com o ano de 2002. Na área econômica, no entanto, acrescentou, não há crescimento, há queda do poder de compra e aumento da carga tributária para as empresas.

- As mudanças, desgraçadamente, estão ocorrendo no sentido inverso, conduzindo o Brasil para o pior dos mundos. Nada vai bem e nada está bem na atualidade brasileira. Mais do que a crise na economia convivemos com a crise de autoridade, a crise do desgoverno, de uma administração que não se entende a não ser num único objetivo, que é o de colocar o Estado como matriz e filial do PT - criticou o senador.



24/09/2003

Agência Senado


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