PT vai investigar morte de prefeitos






PT vai investigar morte de prefeitos
Indignados com a investigação sobre a morte do prefeito de Santo André, Celso Daniel (PT), os petistas estão dispostos a realizar uma investigação paralela sobre o caso e aproveitar para descobrir os responsáveis pelo assassinato do prefeito de Campinas, Toninho do PT, morto há cinco meses.

A iniciativa está sendo defendida pelo próprio presidente nacional do partido, José Dirceu. "Agora, estamos vendo o Departamento de Homicídios (DHPP) voltar a investigar a família, o PT e o governo. Eu não consigo entender para que. Por que o DHPP vem investigar o PT, o governo e a família de novo e não avança na investigação do assassinato do prefeito Celso Daniel?", indagou.
Antes, porém, Dirceu quer reunir a bancada e os prefeitos do partido para cobrar do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, a solução do caso.

"No caso de Belo Horizonte, em uma semana a polícia de Minas Gerais esclareceu o assassinato do promotor. Estão presos os mandantes e os assassinos. Como é que se assassina os prefeitos da segunda e da quarta maiores cidades do Estado de São Paulo, os dois do PT, e nada se consegue esclarecer? Alguma coisa está errada", disse José Dirceu.


Já é possível pôr fim ao racionamento
Os reservatórios de hidrelétricas das regiões Sudeste e Centro-Oeste ultrapassaram ontem o nível mínimo calculado pelo ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) como ideal para que o racionamento de eletricidade possa ser abandonado.
As represas dessas regiões contam com 53,31% da sua capacidade, 0,45 ponto percentual acima da curva-guia que indica não haver mais necessidade de redução do consumo da população para este ano. No começo de 2002, as usinas estavam com 32,3% da capacidade.

Segundo dados do ONS, no Nordeste, as chuvas na cabeceira do São Francisco fizeram com que a água nos reservatórios passasse de 14,15%, no início do ano, para 45,1% na terça-feira. Para que possa haver o fim do racionamento nesta região, é preciso que o nível dos reservatórios ali fique próximo de 48%.
A economia de energia continua acima das metas de verão em todas as regiões. No Sudeste/Centro-Oeste, a economia ficou 6,7% acima dos índices e, no Nordeste, 7,26% além deles.

Está previsto para o próximo dia 19 o anúncio, que será feito pelo presidente Fernando Henrique, do fim do racionamento. A expectativa é que, se o nível dos reservatórios continuar aumentando nesse ritmo, o racionamento seja suspenso no dia 20. Caso contrário, acabará até o dia 1º de março.

Opção arriscada, diz especialista
Especialistas do setor energético consideram precipitada a decisão de acabar com o racionamento de energia elétrica antes do final de maio, quando começa o período seco.

"O fim do racionamento agora é uma opção arriscada, pois só teremos energia para passar 2002. No início do ano que vem, ficaremos na dependência das chuvas novamente", avalia o professor Maurício Tolmasquim, coordenador do programa de planejamento energético da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

"O governo deveria baixar gradualmente as metas de energia até o fim do período de chuvas, para uma análise mais segura da situação", afirma Adriano Pires, do Centro Brasileiro de Estudos em Infra-Estrutura.
A principal crítica diz respeito à visão de curto prazo adotada pelo governo na crise. "Este ano está resolvido, mas o planejamento do setor elétrico tem de ser a longo prazo", diz Tolmasquim.


STJ recebe acusação contra Roriz
O procurador-geral da República, Geraldo Brindeiro, formalizou, no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), a acusação de prática de racismo contra o governador Joaquim Roriz.
A acusação foi feita com base na declaração de Roriz, no dia 31 de janeiro, em Brazlândia. O governador, ao ser criticado pelo morador da cidade Marinalvo Nascimento, reagiu dizendo "ali está um crioulo petista que eu quero que vocês dão (sic) uma salva de vaias".
O caso teve repercussão nacional. Ao chegar ao Ministério Público Federal, tornou-se ação judicial. Brindeiro solicitou o interrogatório do governador.


Horário de verão acaba domingo
A economia de energia no período, no entanto, deverá ser menor do que a esperada nas regiões Sul,
Sudeste e Centro-Oeste .


A economia de energia com o horário de verão, que acaba a zero hora do próximo domingo (dia 17), deve ficar em 0,7% nas regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste. A expectativa era que a economia fosse de 0,9%. No ano passado, foi de 1%.
Segundo o Ministério de Minas e Energia, a economia foi menor este ano devido ao racionamento, que já obrigou os consumidores a diminuir o consumo.

No horário de pico, a economia superou a previsão de 3% e chegou a 4,5%. No ano passado, havia sido de 5,4%. Essa energia é suficiente para abastecer a cidade de Curitiba, a capital paranaense, por um mês.
Na Região Nordeste, onde só a Bahia entrou no programa, a economia foi de 0,6% durante todo o período e de 4,1% no horário de ponta, o suficiente para abastecer Ilhéus (BA) por um mês. As previsões eram de uma economia de 0,7% em todo o período e de 3% no horário de ponta (quando há maior consumo, geralmente após às 18h até as 22h), respectivamente. No ano passado, a redução foi de 1,1% e 4,4%.

O horário de verão começou no dia 14 de outubro e também incluiu o Estado de Tocantins. Os dados consolidados sobre a economia de energia no período só serão divulgados pelo governo federal no início de março.
A partir do próximo domingo, portanto, todos os relógios que foram adiantados em uma hora, em outubro, deverão ser atrasados em uma hora para sair do horário de verão e voltar ao normal.
O horário de verão deverá ser adotado, novamente, pelo governo brasileiro, em outubro deste ano.


Bomba explode em SP e fere 3 pessoas
Uma bomba explodiu, ontem, no térreo da Secretaria de Administrações Penitenciárias, na Avenida São João, no centro da cidade de São Paulo.
Segundo a Polícia Militar, alguém que passou pela São João, de carro, teria jogado o artefato dentro da secretaria por volta das 17h30.

De acordo com o Corpo de Bombeiros, três funcionários ficaram gravemente feridos e foram levados para a Santa Casa de Misericórdia da capital paulista.
Uma funcionária, que preferiu não se identificar, contou que ouviu tiros seguidos de uma explosão.
Foi encontrado um pedaço de pano onde se lê que o PCC (Primeiro comando da Capital) assumiu a autoria do atentado ao prédio.

A revelação foi feita pelo secretário de Administração Penitenciária, Nagashi Furokawa. Segundo ele, o pano é muito semelhante a um bilhete, também assinado pelo PCC, encontrado na penitenciária de São Vicente (na Baixa Santista), na semana passada.


Artigos

A endemia dos recalls
Sylvio Guedes

Ainda falta muito para que os consumidores brasileiros possam, realmente, se sentir protegidos dos abusos que são praticados no dia a dia, em suas relações com indústrias, comércio e prestadores de serviços. É claro que o Código do Consumidor, que faz 11 anos, entrou em vigor, melhorou muito o cenário, mas é que, antes dele, vivíamos na idade da pedra nas relações entre vendedor e comprador.

Vejam, por exemplo, o caso recente dos recalls anunciados por três das mais importantes montadoras de veículos do planeta. Vendem o carro, novinho em folha, cheirando a plástico, e menos de quatro meses depois convocam os proprietários para uma possível troca de peças no sistema de freios. De freios, atentem para o detalhe! Não é o mecanismo elétrico dos vidros, ou o vedamento das portas. São os frei os.
Não se trata de avaliar, aqui, se o defeito é pequeno ou grande, se põe em risco ou não a vida dos passageiros do recém-adquirido automóvel. Ocorre que os freios deveriam ser, imagino, parte cuidadosamente montada e supervisionada, com o uso peças perfeitas, fabricadas pelos melhores fornecedores.

Mas os recalls são tratados como se rotina fossem. Põem um anúncio no jornal, que não dá detalhes de nada, e o consumidor que se dane. Ele é que vá com seu carro novinho, que sequer foi pago (na maioria dos casos), para a oficina autorizada atender ao chamado das fábricas.
Se antes os carros apresentavam defeitos e as montadoras não os assumiam, agora passamos da indiferença para a dissimulação. Tudo bem, é só um defeitozinho. É só ir lá e trocar. Para que tanto barulho?

Ora, vamos imaginar então que o consumidor registre um "defeitozinho" financeiro e acabe precisando atrasar as prestações de seu financiamento. Será que os bancos criados por essas mesmas montadoras vão ser assim, digamos, compreensivos com o comprador, como todos nós temos que ser com elas, quando seus produtos já saem da linha de montagem com congênitas falhas que podem levar, em alguns casos, a riscos de colisão, capotagem, incêndio e tantos outros?

Como eles têm se tornado endêmicos, está na hora de o Poder Público e o Congressos, por lei, regulamentarem esse danado do recall. Antes que o danadinho comece a fazer mais e mais vítimas. Não fatais, é claro, mas vítimas de um sistema que não pune falhas sucessivamente cometidas por empresas que comercializam produtos caros e com tecnologia supostamente avançada, mas não parecem zelar o suficiente pela qualidade.

Melhoramos muito. Mas estamos longe do ideal.


Editorial

Estacionamento proibido

O Distrito Federal, e mais especificamente o Plano Piloto, já enfrenta sérios problemas de estacionamento para carga e descarga. Há horários específicos para isso, mas nem todos os comerciantes conseguem respeitá-lo. O que ocorre nas proximidades dos supermercados, contudo, é algo que vai além de qualquer tolerância. Nas quadras comerciais do Plano Piloto, a entrega de mercadorias é feita a qualquer hora do dia, especialmente nas horas de maior movimento. Na 306/307 Sul, por exemplo, não há dia em que caminhões, descarregando mercadorias, ocupem uma das pistas, estacionando até nas faixas destinadas à travessia de pedestres. Na Asa Norte, a mesma coisa, em quadras comerciais.

Os engarrafamentos são inevitáveis e o mau exemplo dos caminhões, que jamais são advertidos ou multados, passa para os motoristas de carros de passeio, que também resolvem estacionar em fila dupla sem ligar muito para placas de sinalização ou mesmo para os PMs que policiam as quadras. O pior é que os supermercados têm locais reservados para carga e descarga, mas não têm horários determinados para isso, o que provoca filas de caminhões nas proximidades.

O Detran precisa tomar uma providência imediata, antes que o mau exemplo desses caminhões contamine qualquer campanha para proibir o estacionamento em locais proibidos no Plano Piloto. Com a volta das aulas, o caos no trânsito desses locais se anuncia inevitável.


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02/14/2002


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