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Para Heráclito, o governo do PT está fazendo com a Volkswagen algo parecido com o que fez com o governo da Bolívia, que teria recebido um "credito de confiança do Brasil" e teria retribuído com o "chicote".

Heráclito disse que o presidente da Volkswagen do Brasil, Hans-Christian Maergner, era um dos "convidados ilustres" de um "jantar de patrões" que o ministro do Desenvolvimento, Luiz Fernando Furlan, promoveu em sua casa recentemente, reunindo diversos empresários e o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva.

-Esse é o PT que a gente tenta entender e não consegue - disse o senador.

O parlamentar também ironizou o apreço de membros do PT por vinhos caros, em referência a nota publicada pela imprensa no último fim-de-semana sobre um jantar em que o chefe do Núcleo de Assuntos Estratégicos, Luiz Gushiken, acompanhado do diretor de uma empresa de comunicação, teria pago R$ 2.990 em dinheiro vivo por uma garrafa de Grand Vin Chateau Latour.

Heráclito relacionou a história a um outro episódio que veio à público ao final das eleições de 2002, em que o publicitário Duda Mendonça e o presidente Lula foram comemorar a vitória, segundo ele, "no mais caro restaurante do Rio de Janeiro", com um Romanée-Conti (preço médio de R$ 6 mil).

-Eles deveriam tomar mais cuidado com a saúde e não se expor tomando vinhos nesse preço - aconselhou.

O senador também apontou a contradição embutida no fato de Gushiken ter sido afastado do posto de ministro da Comunicação Institucional, por seu suposto envolvimento em esquemas de corrupção, mas ainda estar atuando em assuntos correlatos a esta pasta.

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