Queda de credibilidade da economia brasileira preocupa Cristovam



O anúncio da agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P) de mudança na avaliação sobre a perspectiva da economia brasileira, passando de “estável” para “negativa”, levou o senador Cristovam Buarque (PDT-DF) à tribuna nesta sexta-feira (7) para alertar sobre problemas decorrentes dessa queda de credibilidade do país no mercado internacional.

Conforme explicou, a leitura negativa da agência sobre a evolução do crescimento do Brasil poderá resultar, nos próximos anos, em rebaixamento do chamado grau de investimento do país, uma classificação da Standard & Poor's quanto à confiabilidade de investidores na economia brasileira.

– O Brasil, no cenário mundial hoje, a partir dessa declaração da agência de risco S&P, é um país menos confiável do que antes – frisou.

O parlamentar lamentou ainda artigo da revista The Economist, que mudou o tratamento elogioso que dispensava ao desempenho do país, passando a fazer “ironias com a economia brasileira”. Ao apontar a queda de credibilidade como um agravante para problemas enfrentados pelo Brasil, como o crescimento da inflação, Cristovam Buarque responsabilizou o governo federal.

– Nossa autoridade não inspira mais confiança plena, porque o ministro da Fazenda, uma hora diz que o PIB vai crescer 4% e, no fim, cresce 0,6. Faz um pacote hoje e outro amanhã. Nada desmoraliza mais uma autoridade econômica do que pacotes. Cada dia é um pequeno ajuste. Isso desarticula e desmoraliza – disse.

Para o parlamentar, a equipe econômica do governo foca em resultados imediatos, como no Produto Interno Bruto (PIB), e se furta de adotar medidas estratégicas de médio e longo prazo.

– A economia vinculada à próxima eleição é uma economia que caminha para o desastre, porque não tem a perspectiva, não tem os olhos para o futuro. E a economia que não tem os olhos para o futuro, e o grupo de pessoas que a dirige sem passar credibilidade, é uma economia que não tem também um bom futuro – disse, ao observar que a superação do problema poderá exigir a mudança das autoridades responsáveis pela condução da economia.



07/06/2013

Agência Senado


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