Quintanilha defende mais privatizações para superação da crise energética



O senador Leomar Quintanilha (PPB-TO) defendeu a retomada imediata do processo de privatização das geradoras de energia, além da implementação do programa emergencial de construção de usinas térmicas, como a solução mais eficaz para tirar o país da atual crise energética.

- O processo de privatização do setor elétrico, a nosso ver acertado em virtude do esgotamento do modelo estatal, alcançou o êxito almejado no setor de distribuição, Hoje, mais de 70% das empresas de distribuição são de capital privado. Entretanto, no setor de geração de energia, ocorre exatamente o inverso, pois mais de 70% das empresas ainda são estatais.

Quintanilha alertou o Congresso e a Nação sobre a seriedade dessa crise de energia. Ele lamentou que, no momento em que o Brasil reunia todas as condições para atrair investimentos externos em função dos acertos do governo federal na condução das políticas monetária, fiscal e cambial, o país tenha sido surpreendido pela crise no estratégico setor de energia elétrica.

Para o senador, a origem da crise energética brasileira está no fato de o processo de privatização do setor encontrar-se paralisado. Quintanilha criticou a lentidão excessiva com que vem ocorrendo a implantação do novo modelo institucional, que preocupa e afasta os investidores privados.

- Devemos prosseguir no rumo adotado, acelerar as reformas e completar a implantação do modelo competitivo. Será com investimentos privados que poderemos oferecer oportunidades de escolha aos consumidores, aprimorar a eficiência do serviço, assegurar o suprimento de energia elétrica e criar condições para expansão da oferta -afirmou .

Quintanilha disse também que o estado do Tocantins, com seus rios Araguaia e Tocantins, pode dar uma importante colaboração para que o país possa superar a crise energética. Nesse sentido, ele citou a hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães, construída por meio de um consórcio de empresas privadas e com uma previsão de gerar em 2002, quando for inaugurada, cerca de 1.200mw. Segundo o senador, o estado ainda tem condições de receber dezenas de outras hidrelétricas de médio e pequeno porte.

10/09/2001

Agência Senado


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