QUINTANILHA E FOGAÇA DEFENDEM ALIMENTOS TRANSGÊNICOS
Para o senador pepebista, ainda não existem elementos científicos que comprovem que os produtos agrícolas modificados geneticamente causam danos à saúde ou ao meio ambiente. Quintanilha acredita que o assunto já assumiu dimensão suficiente para passar do plano científico ao comercial, acusando organizações não-governamentais e empresas alijadas do setor de tentarem protelar a incorporação desses produtos no mercado interno.
O senador José Fogaça chegou a comparar o discurso de Fonseca ao um documento contra o "obscurantismo anticientífico". Ao assumir a defesa da biotecnologia agrícola, Fogaça concordou com o senador pefelista: o país precisa assumir o avanço científico na área, implantar uma experiência real e transformá-la em realidade produtiva. "Infelizmente, essa discussão ainda é incipiente", lamentou.
Já a senadora Marina Silva (PT-AC) elogiou a oportunidade de discussão do tema, mas externou uma posição de cautela em relação ao comércio de alimentos transgênicos. "Não vou satanizar, mas também não posso sacralizar os transgênicos como se fossem a redenção da fome no mundo, pois eles podem trazer complicações irreversíveis no futuro", ponderou.
A matéria já é objeto de projeto da senadora, que prevê moratória de cinco anos para a entrada de transgênicos no mercado, sem prejuízo, entretanto, para a continuidade da pesquisa no país. Diante da incerteza de seu impacto sobre a saúde e o meio ambiente, Marina Silva diz preferir usar da precaução prescrita pela Constituição Federal.
25/05/2000
Agência Senado
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