Radialistas comunitários da Amazônia recebem capacitação para falar sobre câncer



Divulgar informações sobre a prevenção do câncer do colo do útero a quem fala com a população é o principal objetivo da oficina da capacitação de radialistas comunitários da região Norte do País, promovido pelo Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca), nesta quinta (25) e sexta-feira (26), em Belém, no Pará.

A ideia é que os comunicadores estejam aptos para falar sobre o câncer cervical, que apesar de ser prevenível, ainda têm altas taxas de incidência e mortalidade no Norte do País: são 23 casos por 100 mil mulheres, a cada ano e quase 10 mortes por 100 mil mulheres.  Foram convidados para o curso 25 radialistas comunitários de diferentes cidades do Amazonas (São Gabriel da Cachoeira, Coari), Pará (Belém, Rondon do Pará, Monte Alegre, Rio Maria, Goianésia, Oriximiná. Alenquer, Jacundá) e Acre (Ji-Paraná, Rio Branco e Tarauacá).

“A região Norte ocupa o primeiro lugar na mortalidade por esse tipo de câncer no País. No ano de 2007, cerca de 15% de todos os óbitos por câncer nas mulheres de lá foram causados pelo câncer do colo do útero”, explica a coordenadora da Divisão de Apoio à Rede de Atenção Oncológica do Inca, Ana Ramalho.

A médica explicou também que a ação é estratégica para que todos, inclusive, os companheiros e familiares das mulheres dessas comunidades estejam bem informados sobre o câncer do colo do útero. Além disso, mulheres, com pouca informação sobre a doença, resistem para fazer o exame, que ainda é visto com algum preconceito.

A coordenadora da ONG Criar Brasil, parceira do Inca na ação, Adriana Maria, diz que os comunicadores populares são, em geral, vozes de liderança dentro das comunidades e ferramentas poderosas para propagar as orientações dos profissionais da saúde.

Durante o primeiro dia de capacitação, os radialistas vão ter orientações sobre as técnicas radiofônicas, assim como a produção de materiais informativos veiculados em rádios, como entrevistas, flashes, spots e radionovelas. Já no segundo dia, os radialistas irão produzir materiais radiofônicos sobre o câncer do colo do útero. Será criada uma página na internet onde serão postados os materiais de áudio que poderão ser compartilhados por comunicadores de outros estados.

A ONG Criar Brasil, parceira do Inca e responsável pela capacitação, trabalha há 17 anos pela democratização da comunicação no Brasil, através da produção de materiais radiofônicos ligados à cidadania e capacitações com comunicadores populares. 

Entre 2007 e 2008 a Criar Brasil foi responsável pela produção da Rádio Inca. Foram 40 programas e 40 spots distribuídos para 600 rádios comunitárias de todo o País sobre prevenção do câncer.


Fonte:
Ministério da Saúde



25/08/2011 10:30


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