Raimundo Colombo diz que inchaço da máquina pública e carga tributária impedem desenvolvimento



Em pronunciamento nesta segunda-feira (15), o senador Raimundo Colombo (DEM-SC) criticou o inchaço da máquina pública e a alta carga tributária do país, afirmando que esses fatores contribuem para impedir a melhoria da qualidade de vida da população e a competitividade na economia.

Colombo ressaltou que o cidadão brasileiro paga a maior carga de impostos do mundo sem que isso corresponda à melhoria dos serviços prestados pelo governo em saúde, educação e previdência, sem falar nas condições precárias das rodovias e portos em todas as regiões do país.

O senador assinalou que nos últimos quatro meses a arrecadação caiu 5% por causa da crise financeira, enquanto as despesas do governo aumentaram 19%. Ele acrescentou que as despesas com pessoal e encargos aumentaram 24% no mesmo período.

- Isso mostra muito claramente o peso do Estado brasileiro nas costas do cidadão, do trabalhador, do produto que nós produzimos para exportar. Com toda a vocação de crescimento e de produção, com todo o potencial e a capacidade dos trabalhadores e dos empresários se nós conseguíssemos estar livres desse custo, seríamos muito mais competitivos do que somos e teríamos uma qualidade de vida muito melhor - afirmou.

Em 2003, apenas na administração direta, o Estado brasileiro contratou 17.044 funcionários, contra 14.129, em 2004; 14.563, em 2005; 12.600, em 2006; 6 mil, em 2007; e 69.287, em 2008. Os dados foram fornecidos pelo Executivo em resposta a um pedido de informações encaminhado por Raimundo Colombo. O senador disse que não dispõe dos dados relativos a 2009, mas observou que a administração direta já conta com 133.608 funcionários e que os cargos em comissão já são mais de 15 mil, sem contar as estatais e os terceirizados.

- Assim, é impossível reduzir a carga de impostos. Nós não temos um Estado eficiente. Esse problema não é só do Executivo, mas é mais grave no Executivo pela filosofia do governante - afirmou.

Petrobras

Raimundo Colombo criticou ainda o excesso de funcionários na Petrobras, cuja área de Comunicação Social contaria com 1.150 contratados, de acordo com reportagem publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo no último dia 9.

- Por isso que não baixa o preço da gasolina, do óleo e de outras coisas. O preço do barril de petróleo no mercado internacional era de 150 dólares e agora é de 50 dólares, mas o povo brasileiro não viu essa redução na bomba - criticou.

O senador também defendeu a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, pedindo que a empresa "deixa essa CPI andar".

- Deixe que se fiscalize e investigue. Dê um exemplo de transparência, de compromisso com a verdade, de responsabilidade neste momento de lamaçal na vida pública brasileira e tenha coragem de corrigir o que está errado - apelou o senador.

Em aparte, o senador Mão Santa (PMDB-PI) manifestou apoio a Raimundo Colombo.



15/06/2009

Agência Senado


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