Randolfe cobra agilidade em investigação e diz que fará representação contra o presidente do Conselho de Ética




Randolfe (D) debate com João Alberto (de costas): “estou sendo acusado por uma quadrilha”

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Em pronunciamento nesta terça-feira (13), o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) apresentou laudo de autoridades judiciais do Amapá que comprova a falsidade ideológica de documentos apresentados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, em denúncia encaminhada ao órgão contra ele e o senador João Capiberibe (PSB-AP).

Randolfe voltou a cobrar agilidade na investigação do episódio e disse que as acusações remontam há 14 anos, quando chegou a ser ameaçado de morte, juntamente com sua familia, por uma quadrilha que atua na politica do Amapá e que deteve grande poder na Assembleia Legislativa. Não tramita no Conselho de Ética nenhum processo sobre o caso, que teve origem em denúncia encaminhada pelo ex-presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, Fran Júnior. A denúncia foi arquivada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que pediu investigação do denunciante por falsificação documental.

Randolfe criticou a postura do presidente do Conselho de Ética, senador João Alberto Souza (PMDB-MA), que ainda não se manifestou sobre o episódio. Ele também cobrou urgência nas investigações, visto que a ausência de manifestação do órgão é prejudicial à sua atuação parlamentar. Após ouvir a resposta de João Alberto, que colocou dúvida em sua defesa, Randolfe exaltou-se, lembrou que tem enfrentado uma quadrilha política do Amapá por vários anos. E que, diante, da "instrumentalização" do Conselho de Ética, Randolfe afirmou que fará uma representação contra o próprio presidente do colegiado, João Alberto Souza.

- A que interesse serve não resolver de imediato esse procedimento agora? A que interesse serve manter uma espada de Dâmocles sobre a cabeça de dois senadores desta Casa? Não posso admitir que esta história não fique às claras, que esta história vire conversa de escaninho, conchavo de bastidores – afirmou.

O parlamentar também afirmou que, se for instaurado processo, responderá ao Conselho de Ética “com as provas que tem”. E observou ainda que o órgão “não pode ter pesos diferentes, medidas diferentes, pois a República não merece isso, o Senado não merece isso”.

Presente em Plenário, João Capiberibe, disse que a denúncia é “ingênua e hilária”, já tendo sido arquivada pela PGR. O senador, porém, ressaltou que aguarda “com paciência uma manifestação clara” do Conselho de Ética sobre o processo. João Capiberibe lembrou sua história, de perseguido político, e também afirmou que, no caso, João Alberto, o qual em 2005 teria tentado agredi-lo fisicamente, deve ser visto com suspeição.

Em seu pronunciamento, Randolfe recebeu a solidariedade de vários senadores, que pediram agilidade na investigação do caso, entre eles Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP), Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Armando Monteiro (PTB-PE), Pedro Taques (PDT-MT), José Agripino (DEM-RN) e Lídice da Mata (PSB-BA).

Também manifestaram solidariedade a Randolfe os senadores Wellington Dias (PT-PI), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), Ana Amélia (PP-RS), Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), Waldemir Moka (PMDB-MS), Paulo Davim (PV-RN), Alfredo Nascimento (PR-AM), Mário Couto (PSDB-PA), Benedito de Lira (PP-AL), Cristovam Buarque (PDT-DF), Pedro Simon (PMDB-RS) e Eduardo Suplicy (PT-SP).

Mário Couto, posteriormente, saiu em veemente defesa de João Alberto, que para ele estaria agindo corretamente.



13/08/2013

Agência Senado


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