Raupp quer retomada de programa de leva energia a comunidades isoladas
O senador Valdir Raupp (PMDB-RO) pediu em Plenário, nesta sexta-feira (4), que o governo retome o Programa de Desenvolvimento Energético de Estados e Municípios (Prodeem), lançado em 1994 e que possibilitou a geração de eletricidade em regiões totalmente isoladas, pelo aproveitamento da energia solar, dos ventos e da biomassa. Desde então, cerca de 500 mil pessoas tiveram acesso à eletricidade, graças ao Prodeem.
O programa já está com seu prazo de vigência esgotado e o senador de Rondônia teme que as suas verbas sejam suspensas, no momento em que dezenas de projetos se encontram em fase de instalação. Ele propôs que a ministra de Minas e Energia, Dilma Rousseff, prorrogue o programa, pois existem milhares de comunidades no interior do país que dificilmente serão atendidas no futuro pelo sistema convencional de distribuição de eletricidade.
Só no estado de Rondônia, informou o senador, foram instalados 160 sistemas de geração de eletricidade a partir da energia solar, beneficiando 83 comunidades em 20 diferentes municípios. Outros 300 sistemas estão previstos, desde que o programa seja mantido. No ano passado, em todo o país, o governo federal investiu US$ 30 milhões de dólares na compra de 9 mil sistemas de energia solar.
Além de propiciar iluminação comunitária e eletricidade doméstica, prosseguiu Raupp, foram financiados projetos de bombeamento de água de poços artesianos nas área secas do Nordeste. O senador informou que aproximadamente 20 milhões de brasileiros que moram no setor rural não têm eletricidade.
Valdir Raupp propôs ainda a execução de quatro obras de linhas de transmissão de eletricidade em Rondônia, destinadas a atender vários municípios do estado. Ele defendeu a construção com rapidez das duas usinas programadas para o Rio Madeira - Santo Antônio e Jirau. Disse que elas podem abastecer -todo o Norte e o Centro-Oeste e ainda permitir a venda de eletricidade à Bolívia-.
Em aparte, o senador Amir Lando (PMDB-RO) protestou contra uma ação do Ministério Público em Rondônia, que vem atrasando a construção de uma linha do gasoduto Bolívia-Brasil que beneficiaria Rondônia.
- Essas ações são um absurdo. O impacto ambiental do gasoduto que irá até Porto Velho é mínimo. O desmatamento mal afetará 1.800 hectares. Enquanto isso, a termelétrica de Porto Velho continua queimando 1 milhão de litros de óleo combustível por dia. Quer impacto ambiental pior que este? - questionou Lando.
04/07/2003
Agência Senado
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