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Receita e Polícia Federal promovem operação de combate a contrabando e desvio

Uma parceria entre Receita Federal e Polícia Federal desencadeou nesta terça-feira (20) a Operação Canal Vermelho II, que tem como objetivo desarticular esquema de contrabando e descaminho (desvio) de mercadorias que abastecia principalmente lojas em São Paulo, Distrito Federal e Ceará. A ação conta com 195 servidores da Receita e 150 policiais federais.

Foram expedidos cinco mandados de prisão e 31 mandados de busca e apreensão. As ações são realizadas simultaneamente nos estados do Ceará, São Paulo, Paraná, Distrito Federal e Minas Gerais. Cinco suspeitos foram presos.

As investigações estão sendo desenvolvidas em conjunto há cerca de um ano. As informações mostraram que mercadorias eletrônicas eram trazidas ilegalmente para o Brasil, principalmente a partir do Paraguai, através de aviões de uma transportadora em Foz do Iguaçu (PR). No País, os produtos eram distribuídos por fornecedores de São Paulo e Brasília a lojas em diversos estados.

Operação Canal Vermelho

O trabalho desta terça é uma continuação da Operação Canal Vermelho, de 2010, que resultou na prisão do principal suspeito de ser o mentor intelectual do atentado cometido, dois anos antes, contra a vida do auditor-fiscal José Jesus Ferreira, então chefe da Divisão de Repressão ao Contrabando e Descaminho da Receita Federal na 3ª Região Fiscal, localizada no Ceará.

Segundo a PF, o comerciante iraniano Farhad Marvizi, preso desde 2010, foi o mandante do crime. Ele tinha lojas no Ceará que comercializavam produtos contrabandeados pela quadrilha, que teve integrantes presos nesta terça. De acordo com a PF, as ações de fiscalização do auditor motivaram a ordem de execução.

Também foram presos em 2010 outros suspeitos de participarem do mesmo grupo criminoso, alem de apreendidos documentos e mercadorias com entrada irregular no País, que serviram como ponto de partida para a investigação atual.

“Não sabemos estimar a quantidade de produtos que já entrou no Brasil por esse esquema, nem o montante de imposto não recolhido, porém, apenas em um local de apreensão, na cidade de São Paulo, no Shopping Oriente, na região da Rua 25 de Março, os produtos totalizaram mais de R$ 300 mil. As principais mercadorias eram celulares e câmeras fotográficas”, explicou o delegado da Polícia Federal, Inacy Pereira de Jesus.

Fonte:
Receita Federal,
Polícia Federal e
Agência Brasil