Regiões Norte e Nordeste vão receber maior parte dos médicos cubanos
O Ministério da Saúde apresentou, nesta terça feira (3), a distribuição dos profissionais que vão participar do Programa Mais Médicos. Em relação ao total de profissionais, houve candidatura de 3.016 médicos. Sendo 1.414 formados no Brasil e 1.602 diplomados no exterior. As regiões Norte e Nordeste vão receber 364 dos 400 médicos cubanos que vieram para o Brasil para atuar no programa na primeira etapa do acordo do governo brasileiro com a Organização Panamericana de Saúde (Opas).
Os 400 cubanos serão direcionados a um total de 219 localidades (206 municípios e 13 DSEIs). Juntas, as regiões Norte e Nordeste receberão 91% desses médicos – o equivalente a 364 profissionais. Eles trabalharão em unidades básicas de saúde de 187 localidades (69 municípios e 12 distritos indígenas no Norte e 105 municípios e um distrito indígena no Nordeste). Os 36 demais médicos irão para áreas carentes em 26 cidades do Sudeste e em seis do Sul.
Este grupo atende a 29,4% dos 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico ao longo do chamamento individual, que deu prioridade a brasileiros com diplomas do Brasil e a brasileiros formados no exterior antes de convocar estrangeiros de países como Espanha, Argentina e Portugal.
Quanto ao balanço da segunda etapa de inscrições do Programa Mais Médicos, 514 novos municípios e 25 distritos indígenas solicitaram 1.165 profissionais. Durante a coletiva de imprensa após a apresentação do balanço, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, reforçou que os municípios com desistência de médicos terão até amanhã (4) para notificar e colocar a vaga à disposição para profissionais.
Balanço da segunda etapa do Mais Médicos
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou durante a apresentação do balanço que a segunda etapa do programa Mais Médicos recebeu 3.016 inscrições, sendo 1.414 de profissionais com diplomas no Brasil e 1.602 formados no exterior, de 65 nacionalidades diferentes.
Do total de 3.016 inscrições, 951 profissionais já completaram suas inscrições com todos os dados solicitados pelo ministério, de acordo com Padilha. Os demais médicos inscritos cujos cadastros não estão concluídos têm até meia-noite de quarta-feira (4) para indicar seis opções de municípios onde desejam trabalhar.
O ministério prevê que os profissionais brasileiros inscritos na segunda etapa comecem a se apresentar aos municípios em 1º de outubro. Já os estrangeiros deverão desembarcar no Brasil entre 4 e 6 de outubro e se apresentarem aos municípios em 28 de outubro.
Médicos brasileiros no programa
Os médicos com diplomas do Brasil participantes do programa começaram a se apresentar nesta segunda-feira (2) nos municípios em que trabalharão. Ao todo, 1.096 profissionais ocuparam vagas em unidades básicas de saúde em 454 municípios e 16 distritos de saúde indígena. Para receber a bolsa mensal de R$ 10 mil, custeada pelo Ministério da Saúde, os gestores locais devem confirmar o início do trabalho desses profissionais até o dia 12. Quem não estiver trabalhando até lá, será excluído do programa.
Para confirmar o início do trabalho no programa, os médicos têm de apresentar seus documentos pessoais, além do diploma, registro profissional e termo de adesão devidamente assinado. Os médicos que tiveram algum impedimento e não se apresentaram nesta segunda-feira terão que enviar justificativa ao gestor e negociar com eles a compensação dos dias não trabalhados.
Distribuição de profissionais
Entre os 701 municípios que não foram selecionados por nenhum médico no chamamento individual, a distribuição dos profissionais entre os municípios priorizou cidades de baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – 13 têm índice muito baixo (até 0,5) e 133 têm desempenho baixo (de 0,5 a 0,599), conforme a definição do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
Já nas 51 localidades de IDH médio (de 0,6 a 0,699) e nas nove de desempenho alto (0,7 a 0,799), os profissionais atuarão em áreas pobres, onde também é grande a carência por médicos. Outro critério adotado foi a capacidade de supervisão e avaliação dos médicos e a demanda apresentada pelos municípios de cada unidade da federação.
Melhoria do atendimento
Lançado pela Presidenta da República, Dilma Rousseff, no dia 8 de julho, o Mais Médicos faz parte de um amplo pacto de melhoria do atendimento aos usuários do SUS, com objetivo de acelerar os investimentos em infraestrutura nos hospitais e unidades de saúde e ampliar o número de médicos nas regiões carentes do País.
O governo federal está investindo, até 2014, R$ 15 bilhões na expansão e na melhoria da rede pública de saúde de todo o Brasil. Deste montante, R$ 7,4 bilhões já estão contratados para construção de 818 hospitais, 601 Unidades de Pronto Atendimento (UPAs 24h) e de 16 mil unidades básicas. Outros R$ 5,5 bilhões serão usados na construção, reforma e ampliação desses estabelecimentos e saúde, além de R$ 2 bilhões para 14 hospitais universitários.
Fonte:
Ministério da Saúde
Com informações do Portal Planalto
10/09/2013 12:51
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