Reitor da UnB fala à CPI das ONGs sobre a origem dos recursos usados na reforma do seu apartamento



O reitor da Universidade de Brasília (UnB), Timothy Mulholland, em depoimento à CPI das ONGs, falou sobre a origem dos recursos utilizados para a reforma do apartamento que ocupava, paga pela Finatec. Segundo ele, qualquer fundação, ao firmar parceria com a universidade, em obediência a uma resolução da própria instituição, deve criar um fundo de apoio institucional para o financiamento de programas e projetos, com a cobrança de uma taxa de 6% a 10% sobre projeto de consultoria e contratos de outros serviços fechados com terceiros.

Os recursos deste fundo, por sua vez, têm aplicação ampla, podendo ser utilizados para qualquer tipo de investimento - inclusive a pesquisa científica - que interesse à universidade, após a aprovação do projeto pelo conselho gestor. Esses recursos, e não os especificamente destinados à pesquisa, foram utilizados pela Finatec no pagamento da reforma e decoração do apartamento e na compra do automóvel, que depois disso, foram doados à UnB.

Questionado pelos parlamentares sobre o porquê da escolha de objetos tão caros, como uma lixeira de quase R$ 1 mil, Mulholland foi evasivo:

- O material foi especificado pela área técnica da universidade, e a Finatec tinha total liberdade para rejeitar - disse.



04/03/2008

Agência Senado


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