Relator e delegado concluirão relatórios em final de abril
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PSB-CE), relator da sindicância que o Conselho de Ética e Decoro Parlamentar realiza para apurar suposta participação do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA) no caso de instalação de escutas clandestinas na Bahia, deve apresentar seu relatório no dia 28 de abril. Essa também é a época provável para a conclusão das apurações a cargo do delegado responsável pelo inquérito sobre o caso na Polícia Federal (PF), Gesival Gomes de Souza. Os dois anunciaram o intuito na reunião do conselho desta quinta-feira (27).
Gesival disse que tem como data limite o dia 9 de maio, mas em resposta ao relator, afirmou ser possível concluir a apuração já no final do mês de abril, embora ainda tenha que ouvir 22 pessoas.
Esclarecendo dúvida do senador Artur Virgílio (PSDB-AM) sobre as datas relacionadas com as fraudes, o delegado disse que a escuta telefônica teve início em 5 de novembro de 2001, tendo como origem um caso de seqüestro na cidade de Itapetinga (BA), e estendeu-se até o dia 2 de setembro de 2002.
Explicou também que embora a escuta tenha interceptado ligações de 232 números telefônicos, esse não é o número de pessoas vitimadas, pois alguns têm mais de um telefone e alguns números são linhas familiares.
Gesival informou que, entre os -grampeados-, já depuseram o casal Adriana e Plácido Farias - ela apontada como antigo relacionamento amoroso do senador Antonio Carlos Magalhães - os deputados Geddel Vieira Lima (PMDB-BA) e Nelson Pellegrino (PT-BA) e o ex-deputado Benito Gama. E entre os responsáveis pelo grampos, já foram ouvidos a juíza Teresa Cristina Navarro Ribeiro, Charles Mota, Alan Farias e Waldir Barbosa, entre outros. Os jornalistas que denunciaram o caso pela primeira vez na mídia, Luiz Cláudio Cunha e Weiller Diniz, ainda serão chamados a depor na PF, informou Gesival.
A senadora Heloísa Helena (PT-AL) sugeriu ao delegado que solicitasse às revistas IstoÉ e Época e à TV Record toda o material já publicado ou divulgado sobre o assunto por esses veículos. Segundo ela, as fitas e transcrições constituem documentação imprescindível para os trabalhos da Polícia Federal. Heloísa comunicou que pretende sugerir a mesma providência ao presidente do conselho, senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS).
27/03/2003
Agência Senado
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