Relatório sobre Jader será lido nesta quarta-feira
- Não tenho conhecimento do teor do documento e não posso fazer previsão sobre os prazos - disse o senador.
A leitura do relatório estava prevista para esta terça-feira (dia 11), mas o senador João Alberto (PMDB-MA), que faz parte da comissão, solicitou 24 horas para se inteirar do relatório antes de decidir se assina ou não o documento a ser apresentado aos demais membros do conselho.
João Alberto e os senadores Romeu Tuma (PFL-SP) e Jefferson Péres (PDT-AM), membros da comissão que investiga o caso, estiveram reunidos na manhã desta terça-feira para acertar a condução dos trabalhos. João Alberto já havia adiantado que não assinará o relatório, se não houver a constatação de provas que evidenciem a participação de Jader em desvios de recursos do Banco do Estado do Pará. O caso Banpará foi o principal ponto de investigação dos membros da comissão e, de acordo com Tuma e Jefferson, - existem documentos e testemunhos que indicam o envolvimento de Jader nas irregularidades.
João Alberto solicitou vista do relatório por cinco dias antes mesmo deste ser apresentado ao conselho, porém o pedido foi negado por Althoff. Tuma também discordou do pedido, observando que João Alberto poderia participar e foi comunicado de todas as ações e diligências que estavam sendo empreendidas pela comissão. Althoff lembrou ainda que o Regimento Interno só prevê o pedido de vista após a leitura do documento em reunião do conselho.
Althoff também informou que caso o senador João Alberto, mesmo após esse prazo de 24 horas, não concorde com o relatório da comissão, poderá apresentar um voto em separado. Ambos os documentos - o relatório assinado por Tuma e Jefferson e o de João Alberto - seriam então apreciados pelos membros do Conselho de Ética.
ELEIÇÕES
A bancada do PMDB no Senado defende a realização de eleições para a presidência do Conselho antes da leitura do relatório. Geraldo Althoff disse que, se a hipótese for regimental, não colocará obstáculos a ela. Ele discorda, no entanto, da tese também defendida por parlamentares do PMDB de que o partido, por ter a maior bancada do Senado, tem o direito assegurado de ocupar a presidência do Conselho de Ética.
- Esta é uma tradição da Casa, que não encontra amparo no regimento, e que por exemplo não foi observada na última eleição para a Presidência do Senado - comentou Althoff.
11/09/2001
Agência Senado
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