Relatório sobre Jader será apresentado nesta terça-feira



O relatório que indicará se deve ou não ser aberto processo contra o presidente licenciado do Senado, Jader Barbalho (PMDB-PA), por quebra de decoro deverá ser apresentado ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar em reunião marcada para as 18 h desta terça-feira (dia 11). O texto foi elaborado por comissão especial do conselho, coordenada pelo senador Romeu Tuma (PFL-SP).

Tuma disse que comunicou a intenção do grupo ao presidente interino do conselho, senador Geraldo Althoff. (PFL-SC). No documento, deverão constar os depoimentos de diversas testemunhas relacionadas com o desvio de recursos do Banco do Estado do Pará entre 1984 e 1987 - época em Jader governava o estado do Pará. Essa é também a principal denúncia contra o senador paraense.

Devem ser incorporados ainda ao parecer da comissão os laudos definitivos de técnicos do Banco Central que analisaram os vários relatórios e auditorias sobre o caso Banpará, inclusive a defesa apresentada por Jader Barbalho em seu depoimento à comissão.

Romeu Tuma não adiantou a posição do colegiado, mas frisou: "A busca que fazemos é pela verdade. Ninguém será culpado sem ter culpa, ou absolvido sendo culpado".

Eleições

Além de conhecer o teor do relatório da comissão que investiga denúncias contra Jader, os integrantes do Conselho de Ética e Decoro Parlamentar irão realizar eleições esta semana para a presidência do órgão. Interinamente, responde pelo cargo o senador Geraldo Althoff (PFL-SC), mas, com a renúncia do senador Gilberto Mestrinho (PMDB-AM) que presidia o conselho, oficializada na semana passada, deverá ser feita uma nova eleição.

O PMDB reivindica o posto por ser o maior partido no colegiado e já indicou o senador Juvêncio da Fonseca (PMDB-MS) para a vaga. Alguns membros do conselho, no entanto, como o senador Jefferson Péres (PDT-AM), contestam o argumento, lembrando que isso é apenas uma praxe na Casa, e não regra regimental.

O senador Tuma disse que a entrega do relatório será anterior às eleições e que o novo presidente poderá dar o encaminhamento que achar conveniente à matéria, depois de ouvidos os membros do conselho.

Tuma aproveitou para criticar notícias publicadas na imprensa no final de semana segundo as quais ele estaria exercendo a corregedoria - cargo que dá direito de voto no Conselho de Ética - de forma irregular.

- Isso não é verdade. Quando venceu o prazo de meu mandato, fui até o presidente - senador Jader Barbalho - e pus o cargo à disposição, mas ele não aceitou e disse que eu deveria continuar e, conforme entendimento da própria Mesa da Casa, eu estou no pleno exercício de minhas atribuições - disse o corregedor.

10/09/2001

Agência Senado


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