Renan afirma que vai trabalhar para que haja consenso na disputa pela Presidência do Senado



O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), declarou nesta quinta-feira (18), durante entrevista, que ainda não é candidato à reeleição. Ele também disse que trabalha "por uma decisão de consenso, para que não haja disputa". A eleição para a Presidência do Senado e para os demais membros da Mesa será realizada em 1º de fevereiro.

- Por enquanto, não sou candidato nem do PMDB. O partido nem referendou o meu nome - afirmou Renan, acrescentando que essa decisão não ocorreu porque o PMDB "ainda não se reuniu para isso".

Ao ser questionado sobre a candidatura de José Agripino (RN), líder do PFL no Senado, Renan respondeu que a considera "natural e legítima" e que Agripino "é um dos melhores quadros da Casa".

- Mas não enxergo clima de disputa - ressaltou ele.

O presidente do Senado anunciou também que pretende se reunir com Agripino em breve para debater a eleição para a Mesa do Senado. Ele negou, no entanto, que vá propor a desistência do líder do PFL.

Renan disse ainda concordar com várias das propostas defendidas por Agripino, como medidas que impeçam que o excesso de medidas provisórias (MPs) atrapalhe os trabalhos do Congresso Nacional. Nesse contexto, ele citou a importância da PEC 72/05, de autoria do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que já foi aprovada no Senado e tramita atualmente na Câmara. Essa Proposta de Emenda à Constituição visa a agilizar a tramitação de matérias no Legislativo.

O presidente do Senado afirmou também que sua candidatura não pode se sobrepor aos interesses da Casa e que, caso haja um candidato de consenso, ele poderia ter o seu reconhecimento.

Reforma política

Ao comentar sobre a reforma política, Renan foi questionado quanto à suplência dos senadores. Ele respondeu que "o ideal é que o primeiro suplente seja o segundo candidato mais votado em cada estado".

Renan negou ainda que seja "o candidato do governo". Ele respondeu que considera "qualquer referência feita [a ele] pelo presidente da República como uma deferência".

Quanto à disputa para a presidência da Câmara dos Deputados, Renan disse que esta não deve se refletir no Senado. E que ele também não pretende interferir nesse processo.

- Seria uma deselegância da minha parte - frisou ele.



18/01/2007

Agência Senado


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