Renan Calheiros comemora aliança do PMDB com o PT



Em pronunciamento nesta segunda-feira (14), o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) saudou a decisão do seu partido, tomada em convenção realizada no fim de semana, de oficializar a aliança com o PT para a eleição presidencial deste ano. A vice-presidência na chapa da candidata do PT, Dilma Rousseff, será ocupada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (SP), que também preside o PMDB.

Renan ressaltou que, dos mais de 660 votos válidos, 560 convalidaram a aliança e a chapa Dilma-Temer, representando mais de 85% do partido. Para o senador, o resultado da convenção é um desdobramento do apoio que o PMDB vem dando ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

- Não é apoio de conveniência, mas aliança que vem de longe, consequência natural e lógica, renovação da coerência de quem ajudou a votar e propôs a implementação das políticas hoje vitoriosas - afirmou.

Renan disse ainda que Temer é "um homem que dispensa apresentações" e que as inúmeras distinções recebidas pelo deputado federal em sua carreira são "todas merecidas".

- Honrado, competente, aglutinador, jurista respeitado e experiente, um dos melhores quadros do PMDB. Por isso foi escolhido. Temer vai agregar muito à campanha - afirmou.

Apoio firme

Além de reiterar que "o apoio do PMDB é firme, desassombrado e apaga ambiguidades e antagonismos de um passado recente", Renan afirmou que o brasileiro hoje se sente seguro e confiante em quem está no comando da nação, especialmente depois de superada a crise econômica que devastou grandes potências e pulverizou conglomerados financeiros.

- Com austeridade, responsabilidade fiscal e desoneração de tributos, saímos rapidamente da recessão graças ao mercado interno, que ganhou musculatura com o aumento do salário mínimo, dos programas de transferência de renda e o crescimento da massa salarial - afirmou.

Renan disse ainda que "a indústria avança, o emprego se expande, a inadimplência cai e tanto a confiança dos empresários e consumidores quanto o crédito", estão em alta. O senador lembrou que o Brasil voltou a ser a oitava economia do mundo, mas que em breve o país ocupará a quinta posição entre as potências globais.

Ele afirmou que o PMDB também orgulha-se de ter contribuído para a criação de 13 milhões de novos empregos; para a ascensão de 24 milhões de brasileiros que deixaram a linha de pobreza; para o ingresso de 31 milhões de brasileiros na classe média e de 11 milhões de brasileiros no programa Luz para Todos, que leva energia à zona rural.

Requião

Antes de concluir o seu discurso, Renan parabenizou o governador do Paraná, Roberto Requião (PMDB), que teve a sua candidatura à Presidência da República registrada pelo senador Pedro Simon (PMDB-RS).

Renan disse que Requião "abrilhantou a convenção do PMDB com a sua candidatura e com as suas idéias", mas, no processo de consultas internas, o que se ambiciona "não é a unanimidade, mas a unidade".

- O partido, majoritariamente, apoia e apoiou as ideias do governo Lula e dará continuidade ao projeto apoiando Dilma como presidente do Brasil - afirmou.

O senador registrou ainda que o conflito no PMDB "é natural", sendo uma "consequência do tamanho da credibilidade, da aceitação e da capilaridade do partido".

- Afinal, temos o maior número de governadores, as maiores bancadas no Congresso e, na eleição para as prefeituras, a votação histórica de 19,4 milhões de votos, 1.203 prefeituras, entre elas seis capitais, e 8.481 vereadores - concluiu.



14/06/2010

Agência Senado


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