Renan volta a negar possibilidade de aliança formal entre PMDB e PT



Em entrevista nesta terça-feira (6), o presidente do Senado, Renan Calheiros, negou mais uma vez a possibilidade de seu partido fazer uma aliança com o PT na disputa à Presidência da República nas próximas eleições. Indagado sobre a participação do PMDB na chapa, ele informou que evita esse assunto, até em razão de ele traduzir um conflito de interesses.

- De um lado, há o desejo do presidente de ter formalmente o apoio do PMDB. Do outro, há a deliberação da convenção de que o PMDB não terá uma aliança formal nem candidatura própria. Isso foi o que ficou decidido pela maioria e não há outra coisa a fazer senão respeitar a decisão da maioria - ressaltou.

Questionado por um repórter sobre as pressões de Lula para dividir o PMDB, Renan duvidou que alguém seja capaz de reverter a correlação de forças hoje existente. Ele também falou do encontro que teve, junto com os senadores Ney Suassuna (PMDB-PB) e José Sarney (PMDB-AP), com o presidente Lula, na noite de segunda-feira (5), no Palácio do Planalto.

- Eu não queria falar sobre isso porque o presidente nos convidou para uma conversa bastante informal. E ele pediu para termos outra conversa na quarta-feira para tratar das questões mais partidárias. Mas é importante que isso seja encaminhado pelas pessoas que têm a tarefa de fazê-lo - defendeu.

Operação Sanguessuga

Mais uma vez, o presidente do Senado reiterou seu entendimento de que a instalação de comissão parlamentar de inquérito para investigar a Operação Sanguessuga, na qual a Polícia Federal identificou indícios de que parlamentares teriam destinado emendas do Orçamento para compra de ambulâncias superfaturadas, depende de um rito legal.

- Não podemos nos afastar de nossa responsabilidade com o país e com a isenção. Demonstrei isso nas três CPIs que instalei no ano passado e continuarei demonstrando. Mandei conferir as assinaturas e vou reunir os líderes. Se eles entenderem que é o caso de investigar, vamos instalar a comissão - voltou a afirm

06/06/2006

Agência Senado


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