Renan condena preços dos planos de saúde



O líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), criticou os altos preços cobrados aos usuários pelas empresas de planos privados de saúde. Para ele, nos últimos anos esse sistema vem se caracterizando como injusto e imoral com os consumidores, que têm que conviver com aumentos abusivos pela prestação de um serviço do qual não podem abrir mão.

- Nossa missão, como representantes do Parlamento, é pedir a abertura da "caixa preta" dos planos de saúde, expor as planilhas de custos, os gastos com propagandas, marketing e corretagem, os lucros imorais. Temos a obrigação de apurar as denúncias dos usuários e dos profissionais de saúde contra as empresas seguradoras - observou Renan, recomendando urgência, pois hoje cerca de 40 milhões de brasileiros dependem dos planos de saúde privados.

- O mais grave fator é a própria ganância e falta de sensibilidade social de parte do empresariado deste segmento da economia, que estão levando a saúde a ser mercantilizada - apontou o senador peemedebista.

Ele contou que tem recebido diversas correspondências de pessoas reclamando dos elevados valores cobrados pelas empresas e mencionou que os órgãos de defesa do consumidor também têm registrado recorde de denúncias de aumentos abusivos neste segmento. Segundo dados levantados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a média de aumento dos preços dos planos e seguros de saúde entre 1996 e abril de 2000 foi de 93,4%, para uma inflação que não chegou à metade desse percentual.

Renan esclareceu que, ao repercutir as reclamações dos usuários, não está pregando um controle artificial de preços, mas sim a aplicação do Código de Defesa do Consumidor, que impede os aumentos excessivos e estabelece o equilíbrio entre as partes numa relação de consumo.

Em aparte, o senador Fernando Ribeiro (PMDB-PA) apoiou o discurso de Renan, frisando que os altos preços dos planos privados de saúde são, atualmente, uma das maiores preocupações da população brasileira.



16/05/2002

Agência Senado


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