Renan critica "discursos surrados" em torno do salário mínimo



Ao encaminhar a votação do projeto de lei de conversão que estabeleceu o valor de R$ 275 para o salário mínimo, o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), recomendou ao seu partido que -cumprisse o seu papel- e criticou -os discursos surrados do governo e da oposição- em torno do salário mínimo.

- Espero que seja a última vez que se vota salário mínimo através de medida provisória. O trabalhador perde sempre. É preciso uma política para o salário mínimo. Não há diferença entre R$ 260 e R$ 275 - declarou.

Ele liberou o senador Ramez Tebet (PMDB-MS) para votar de acordo com a sua consciência, contra o salário proposto pelo governo. Segundo Renan, Tebet ficou liberado devido a uma declaração do governador do Mato Grosso do Sul, José Orcírio Miranda dos Santos, o Zeca do PT, que teria dito que -um destacado membro da bancada do PMDB- iria votar favoravelmente à proposta do governo, de R$ 260, para ter emendas liberadas no estado.

Por sua vez, ao findar-se a votação, Tebet afirmou que -colocou em primeiro lugar os interesses nacionais, e não os regionais-.

Já a senadora Heloísa Helena (sem partido-AL) saudou como -uma vitória do povo brasileiro- a aprovação de um salário mínimo de R$ 275.

- O povo brasileiro vai ganhar. R$ 15 é muito na vida de uma mulher pobre nas famílias e nas favelas desse país - afirmou.



17/06/2004

Agência Senado


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