FRANCELINO DEFENDE SALÁRIO MÍNIMO EM TORNO DE R$ 180



O senador Francelino Pereira (PFL-MG) defendeu nesta quinta-feira (dia 2) a fixação de um valor para o salário mínimo "compatível com a dignidade da pessoa humana", e que propicie uma melhor distribuição de renda. Ele reafirmou também a disposição do PFL, do qual é vice-presidente, de manter a proposta de elevação do mínimo para algo entre R$ 177 e R$ 180.
O declaração do senador foi feita enquanto o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, participava de reunião, no Palácio do Planalto, com os presidentes dos demais poderes para definir o teto salarial dos servidores públicos. Francelino disse que são mais importantes as discussões em torno do mínimo do que os debates sobre o teto salarial para os servidores dos três Poderes. Ele justificou a posição argumentando que ambos os debates estão politizados e que a diferença entre os dois rendimentos hoje no país "é imensa".
- Tomando-se como referência o menor salário, que é o mínimo, de R$136,00, e o maior, que é o do presidente da República, atualmente R$ 8 mil, a defasagem entre o menor e o maior corresponde a quase 60 vezes - comentou, acrescentando que em muitos países europeus essa diferença não passa de oito.
Francelino Pereira disse ainda que, como a economia nacional não apresentou índices de crescimento, a solução para reduzir a "enorme distância" entre o mínimo e o máximo, é a concessão de reajuste "máximo para o mínimo e o mínimo para o máximo", diminuindo, assim, a diferença entre o piso e o teto salarial.

02/03/2000

Agência Senado


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