Renan defende unificação de programas de transferência de renda
A fusão das ações sociais do governo federal em um único programa de transferência de renda foi defendida, nesta quinta-feira (15), pelo líder do PMDB no Senado, Renan Calheiros (AL). Além de acelerar a estratégia de inclusão social no país, beneficiando mais de 50 milhões de brasileiros em situação de pobreza, a medida evitaria também -os desvios e a superposição de autoridades na área-.
Segundo Renan, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já teria criticado a multiplicidade de programas de transferência de renda, que já consomem mais de R$ 7 bilhões. Mas a unificação dessas iniciativas, conforme observou, não esgotaria os esforços de melhoria das condições de vida da população.
Paralelamente à otimização dessas políticas, o líder peemedebista recomenda a continuidade de iniciativas já em curso e o atendimento a pessoas -realmente necessitadas-. Prescreve ainda uma -revisão qualitativa- nos cortes orçamentários e nas metas de superávit primário negociadas com os credores internacionais. As reformas previdenciária e tributária e a reformulação da política de comércio agrícola pelos países ricos também seriam elementos importantes para a conquista daquela meta.
Primeiro emprego
No universo das políticas sociais, Renan Calheiros destaca o programa Primeiro Emprego, por acreditar, assim como o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), -que as fórmulas que geram trabalho e renda merecem prioridade-. O senador por Alagoas informa, com base em dados do Ministério do Trabalho, que há 8 milhões de brasileiros de 16 a 14 anos sem ocupação. -O importante é que qualquer tipo de benefício procure evitar as armadilhas do desemprego e da pobreza-, declarou.
Em aparte, Suplicy acolheu a defesa do senador peemedebista pela unificação dos programas de transferência de renda, afirmando que a medida pode racionalizar e simplificar o sistema. Embora não se diga contrário à caridade, o senador Mão Santa (PMDB-PI) se mostrou mais favorável à implementação de programas que prestigiem o trabalho e o trabalhador.
15/05/2003
Agência Senado
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