Renan diz que decisão sobre CPI dos "sanguessugas" será compartilhada com líderes
O presidente do Senado, Renan Calheiros, disse nesta terça-feira (6) que a decisão sobre a instalação ou não da comissão parlamentar mista de inquérito dos "sanguessugas", para investigar esquema de compra de ambulâncias superfaturadas com a ajuda de parlamentares, não será "monocrática" e sim compartilhada com os líderes partidários. Ele agendou para esta quarta-feira (7), às 11h, reunião com os líderes, na Presidência do Senado.
- O Congresso tem que, com responsabilidade e com isenção, fazer o que precisa ser feito. Precisa investigar alguma coisa? Investiga. Precisa punir? Criam-se as condições para que as pessoas sejam julgadas. Algumas são punidas, outras não. O que não pode é o Congresso deixar de fazer a sua parte, deixar de esclarecer, de investigar - disse.
Renan informou que já havia mandado conferir as assinaturas no requerimento de criação da CPI dos "sanguessugas", acrescentando que, havendo número suficiente de assinaturas e fato determinado, irá reunir os líderes e decidir com eles "se querem fazer investigação ou se não querem".
- Essa não será uma decisão monocrática do presidente. Esta será uma decisão dos líderes. A exemplo do que já aconteceu em três CPIs - afirmou.
Renan disse que o Congresso tem votado tudo o que pôde e lembrou que, nos últimos 18 anos, 2005 foi o único ano em que foram votadas mais leis de iniciativa do próprio Congresso do que do Executivo. Em 2004, assinalou o presidente, 87% das leis tiveram origem no Executivo.
- Em 2005, nós invertemos essa realidade- disse
Renan ressaltou que isso foi conseguido mesmo com o funcionamento de três CPIs. Ele acrescentou que tem feito o possível para retomar as votações no Senado, mas observou que o Parlamento está administrando problemas políticos que ainda não foram superados.
- Hoje [terça-feira] eu conversei com alguns líderes e vou conversar novamente, mas as coisas estão difíceis, exacerbadas e a cada dia que se aproxima mais a eleição, as coisas se complicam mais - disse.06/06/2006
Agência Senado
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