Líderes comentam decisão do STF sobre coligações
- Não me surpreendi. Achava mesmo que o STF ia ser corporativista com o TSE. Se o STF decidisse em sentido contrário, seria desastroso - afirmou o líder do PT, José Eduardo Dutra (SE).
O resultado dessa decisão, na opinião de Dutra, implicará uma verdadeira "laranjada nas alianças nos estados". No seu entender, vai haver candidato a governador sem candidato a senador e inúmeras outras novidades. Quanto ao PT, ele disse que a decisão do STF não significou grande prejuízo, apenas sepultará de vez a aliança com o PL.
Líder do PMDB, o senador Renan Calheiros (AL) disse que continuará lutando para que a Câmara dos Deputados aprove projeto de sua autoria que derruba a decisão do TSE.
- Nós não vamos pendurar as chuteiras. A bola continua com o Congresso e a Câmara pode aprovar o projeto. É a única saída - disse ele.
Na opinião de Renan Calheiros, a decisão do STF pode ser juridicamente perfeita, mas foi politicamente injusta. Ele disse que a competência legislativa do Congresso precisa ser preservada e que a decisão do STF não impede a aprovação do seu projeto.
Já o senador Roberto Freire (PPS-PE) afirmou que, ante a proposta do PPS de eleger Ciro Gomes presidente da República, a decisão do STF não altera nada. Ele lamentou mais uma vez que a decisão dos dois tribunais reafirme uma tendência de intervenção do Judiciário na vida partidária.
No entender de Freire, os partidos devem ser livres para definir seus próprios caminhos. O TSE decidir que as coligações têm que ser as mesmas para as eleições presidenciais e municipais é, na sua avaliação, uma intervenção desnecessária na vida político-partidária brasileira.
18/04/2002
Agência Senado
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