Renan exalta performance do PMDB nas urnas
O presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), avaliou positivamente o desempenho do seu partido, o PMDB, nas eleições. Lembrou que a legenda ganhou sozinha a disputa para o governo em quatro estados, participou de coligações vitoriosas em outros seis e está indo para o segundo turno em mais seis. Além disso, ressaltou, o PMDB conseguiu garantir a maior bancada, tanto no Senado como na Câmara dos Deputados.
Renan observou que o partido conta com 13 senadores com mais quatro anos de mandato e elegeu outros quatro, totalizando 17. Acrescentou que, dependendo dos resultados do segundo turno, a legenda poderá ter mais dois senadores, no caso das vitórias da senadora Roseana Sarney (PFL-MA), na disputa para o governo de seu estado, e do senador Leonel Pavan (PSDB-SC), candidato a vice-governador em Santa Catarina. Os suplentes de ambos são do PMDB.
O presidente do Senado afirmou que a bancada do PMDB no Senado "pode aumentar muito", mas esse não é o objetivo imediato da agremiação. Lembrou que "circunstâncias em mais de dez estados podem beneficiar o partido", o que pode levar a bancada a crescer naturalmente.
Para o presidente do Senado, o resultado das eleições mostrou que estava certa a ala do PMDB que, na convenção do partido, decidiu não ter candidato próprio à eleição para presidente.
- O PMDB teve o melhor desempenho dos últimos tempos - afirmou, acrescentando que cada ala do partido deve manter sua posição, apoiando o candidato Geraldo Alckmin (PSDB) ou o candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Renan ainda lamentou a derrota do governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, que não conseguiu votos suficientes para se credenciar ao segundo turno. Mas afirmou que "eleição é assim mesmo: ou se perde, ou se ganha". Disse também ter ficado feliz com o resultado em seu estado, com a "expressiva votação" do senador Teotônio Vilela Filho (PSDB), governador eleito de Alagoas.
O presidente do Senado afirmou que vai fazer todo o possível para que o Senado prossiga seus trabalhos deliberativos antes do segundo turno das eleições. Afirmou que as investigações das comissões parlamentares de inquérito não atrapalham o processo legislativo. Indagado se o processo contra o senador Ney Suassuna (PMDB-PB) deveria ser engavetado, uma vez que ele não se reelegeu, Renan respondeu:
- A isenção do Congresso Nacional em relação a investigações fez com que coisas antes consideradas normais, como mordomia, engavetamento e corporativismo, deixassem de existir.
Renan acrescentou que a imprensa ajudou muito nesse processo.
Sobre a eleição para o Senado do ex-presidente da República Fernando Collor de Mello (PRTB), de cujo governo Renan foi líder na Câmara, mas com o qual rompeu após o surgimento das denúncias que o levaram ao impeachment, o presidente do Senado afirmou que tratará Collor "como qualquer outro senador eleito legitimamente".
Errata
Ao contrário do que foi noticiado pela Agência Senado, em reportagem veiculada às 14h33, o presidente do Senado, Renan Calheiros, não afirmou que "não cogita disputar a reeleição para novo período no comando da Casa". Durante entrevista coletiva, ao ser indagado se iria disputar novo mandato na Presidência do Senado e, conseqüentemente, do Congresso Nacional, Renan respondeu:
- Não, não, essa é uma discussão que vai ficar para depois das eleições para presidente (da República). Isso não pode ser um projeto pessoal de absolutamente ninguém, tem de ser uma decisão coletiva dos 81 senadores, no momento certo, e o momento certo é ali, em novembro, começo de dezembro, que é quando nós começaremos a conversar sobre isso.
A Agência Senado pede desculpas a seus leitores.
03/10/2006
Agência Senado
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