Renan: 'Perdemos uma lenda'



Ao abrir a sessão especial do Senado em homenagem à memória do senador Antonio Carlos Magalhães (DEM-BA), nesta quarta-feira (8)o presidente Renan Calheiros classificou como "perda pessoal de um grande amigo" a morte do senador baiano, a quem recorria em busca de conselhos, orientações e sugestões.

- Muito me honra poder ter convivido e aprendido importantes lições com Antonio Carlos Magalhães. Não perdemos apenas o senador, o governador, o prefeito, o deputado. Perdemos parte da história da política nacional. Perdemos uma lenda. Perdemos um amigo - afirmou.

Renan destacou a importância do senador baiano para os últimos 40 anos da vida pública brasileira, especialmente nos últimos episódios relevantes da história do Brasil, em que era impossível não haver a presença e a colaboração de Antonio Carlos.

- Foi assim na reabertura política, na Constituinte, nas Diretas Já, na reconquista da democracia, no colégio eleitoral, onde sua liderança foi decisiva para os novos ares que passamos a respirar. Seu nome marcará a história de maneira única, exclusiva. Seu filho, Antonio Carlos Júnior, netos e herdeiros - tenho certeza - têm o talento genético, os ensinamentos e o discernimento de Antonio Carlos Magalhães e saberão elevar ainda mais o nome deste memorável homem público - afirmou.

Renan disse que a determinação, a altivez, o espírito público, a garra e a sinceridade e lealdade de Antonio Carlos com os amigos "marcaram e marcarão para sempre a história do Senado que pôde ter a honra de tê-lo como presidente duas vezes". Renan também observou que o gosto pelas boas polêmicas e boas batalhas políticas transformaram Antonio Carlos no maior ícone político da Bahia

- Foi Antonio Carlos Magalhães o indutor, o fomentador, o responsável pelo começo da solução de um dos problemas mais angustiantes do país: a segurança pública - acentuou.

Renan lembrou que o empenho de Antonio Carlos levou a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) a elaborar dezenas de projetos de lei para coibir a violência, afirmando que a maior homenagem a ser prestada a ele seria a urgente aprovação dessas medidas. O presidente do Senado também destacou a constante vigilância de Antonio Carlos em relação aos anseios da população, concretizada quando criou o embrião do bolsa-família, a idéia do orçamento impositivo e a política de recuperação e crescimento do salário-mínimo.

Ao finalizar seu pronunciamento, Renan anunciou que ordenou a confecção de um busto do senador Antonio Carlos, que será colocado ao lado do busto de Afonso Arinos, no Salão Nobre do Senado. Além disso, ele pediu ao Conselho Editorial que organize as obras completas do Senado com os pronunciamentos e propostas de Antonio Carlos.

- É uma modesta forma de eternizar a presença deste ilustre brasileiro entre nós - concluiu.

08/08/2007

Agência Senado


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