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MV Bill disse que não existe nada mais importante em sua vida e na de Célio Athayde do que discutir as questões apresentadas no documentário, que estreará nos cinemas de todo o país no próximo dia 12 de outubro. Segundo ele, os 45 minutos mostrados pela TV Globo "foram apenas um trailler", pois o documentário tem duas horas de duração. MV Bill explicou que o trabalho consumiu oito anos, período em que várias favelas foram visitadas e todas as entrevistas foram feitas, mas apenas 17 depoimentos foram selecionados para compor o documentário.

- Dessas 17 crianças, 16 já morreram e a que sobreviveu só conseguiu isso porque está presa. Esse tipo de juventude se torna emergencial porque eles estão morrendo muito rápido. O trabalho não pode ficar só no jovem, tem que ser estendido à família. Quando falo de trabalho, estou falando de educação, oportunidades, cultura, informação, transformação social numa nação que é muito machucada socialmente. A gente está fazendo a nossa parte, que não termina por aqui. Ainda tem muita coisa a ser feita - assinalou.

Para MV Bill, os parlamentares foram eleitos para ajudar a resolver esses problemas, "ou pelo menos para pensar ou perder o sono com essas questões", e a sua vinda ao Congresso não foi apenas para cobrar, mas também para colaborar. MV Bill evitou falar em esperança, mas disse que torce muito para que algo seja feito e garantiu que continuará fazendo a sua parte.

- Pelo menos na hora de dormir eu me sinto menos culpado - concluiu.

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