Renan recebe Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Portugal



O presidente do Senado, Renan Calheiros, recebeu nesta quarta-feira (15) integrantes do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Portugal (GPA). Os deputados portugueses estão no país em visita oficial como parte da programação do “Ano de Portugal no Brasil.” Durante a passagem pelo Senado, eles foram acompanhados pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional (CRE), senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).

Um dos temas do encontro foi o programa Ciência Sem Fronteiras do governo federal. O deputado português Carlos Páscoa Gonçalves, presidente do GPA, manifestou preocupação com a limitação de bolsas concedidas para estudantes brasileiros estudarem em Portugal.

O Ministério da Educação adotou a medida temporária de não fazer novos convênios com instituições lusitanas para estimular o aprendizado de uma segunda língua. Atualmente, 3.500 estudantes brasileiros estudam em Portugal pelo programa Ciência Sem Fronteiras. Segundo Gonçalves muitas universidades portuguesas ministram cursos em língua inglesa.

- Temos alunos de vários países da Europa, da China, dos Estados Unidos, da Coreia. Então, há que se ter essa informação para que não se diminua a ida para Portugal – observou.

Crise

Os deputados portugueses fizeram ainda relatos sobre a situação econômica de Portugal. O presidente do Grupo Parlamentar de Amizade Brasil-Portugal disse que o diálogo entre o parlamento português e o Senado brasileiro pode ajudar a melhorar o comércio bilateral e contribuir para a superação da crise no país europeu.

- Portugal é um canal privilegiado para que as empresas brasileiras cheguem à Europa. Este movimento para lá e para cá é fundamental e acho que o Brasil pode e tem condições de ajudar Portugal a se recuperar o mais rapidamente possível – concluiu.

Médicos

Após a visita a Renan, eles também comentaram a proposta em estudo no governo brasileiro de permitir a contratação de médicos estrangeiros pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Portugal, Espanha e Cuba são citados como países que poderiam ceder profissionais do setor, mas, de acordo com Gonçalves, o país europeu carece de médicos.

- O Brasil tem essa intenção, mas em Portugal não temos muita disponibilidade de médicos hoje. Temos grande disponibilidade de engenheiros, arquitetos, de técnicos que podem em muito contribuir com o desenvolvimento do Brasil – disse o parlamentar.



15/05/2013

Agência Senado


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