Renan rejeita hipótese de renúncia à Presidência do Senado
O presidente do Senado, Renan Calheiros, afirmou nesta terça-feira (19), em entrevista a jornalistas, que não cogita a hipótese de se afastar do cargo, em razão de suspeitas, lançadas pela imprensa, de que teria contas pessoais pagas por um funcionário da empreiteira Mendes Júnior. Segundo ele, a única pressão para que renuncie à presidência da Casa vem partindo da imprensa, embora o senador Pedro Simon (PMDB-RS) tenha pedido sua renúncia em Plenário.
- Estou absolutamente tranqüilo. Fui obrigado a fazer a prova negativa de tudo. Se for necessário, vou continuar fazendo e tenho absoluta certeza que a verdade vai prevalecer - disse o presidente do Senado, referindo-se aos documentos enviados ao Conselho de Ética e Decoro Parlamentar que, nesta quarta-feira (20), deverá julgar representação contrária a Renan encaminhada ao órgão pelo PSOL.
Na conversa com os jornalistas, Renan disse que o Senado está "funcionando normalmente" e que a Casa deve concentrar-se na votação de matérias de importância para o país nos próximos dias.
- Nós temos quatro MPs [Medidas Provisórias] trancando a pauta. Depois vamos dedicar uma semana à votação do pacote antiviolência e votar coisas que ajudem a criar no Brasil um cenário de crescimento econômico, de geração de renda e de emprego. Eu acho que é isso que o Brasil quer: que nós trabalhemos - disse Renan.
A representação contra Renan foi relatada pelo senador Epitácio Cafeteira (PTB-MA), que se manifestou pelo arquivamento da matéria por insuficiência de provas contra o presidente do Senado. Os documentos encaminhados ao Conselho de Ética tiveram a autenticidade questionada pela imprensa, mas o senador pelo PMDB de Alagoas vem procurando mostrar a seus pares que conta com patrimônio suficiente para bancar as próprias obrigações.
19/06/2007
Agência Senado
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