Renan volta a dizer que não renuncia à Presidência do Senado



O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros (PMDB-AL), voltou a afirmar nesta terça-feira (21) que não renunciará à Presidência da Casa em razão de processos que tramitam contra ele no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar.

- Isso já foi sobejamente discutido. Não sairei. A mera saída significaria compactuar com a maledicência que disseram de mim. Apresentei a defesa com total dedicação porque sei que, além de mim, está exposta a instituição. A instituição não é nada mais que as pessoas que a compõem - respondeu Renan ao senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), que questionou a permanência do senador pelo PMDB de Alagoas na Presidência do Senado.

Arthur Virgílio também cobrou celeridade do Conselho de Ética na apreciação das denúncias feitas contra o presidente do Senado, como forma de evitar prejuízos ao andamento dos trabalhos legislativos, com o que Renan disse concordar.

- Devemos fazer o possível para que tenhamos agilização desse caso. A ele tenho me dedicado todos os dias. Temos que acelerar - disse o presidente do Senado.

Renan lembrou que o Conselho de Ética aguardava a perícia feita pela Polícia Federal nos documentos por ele encaminhados como prova de sua renda e disse esperar que a perícia seja técnica e que o ajude a provar sua inocência. A entrega dos documentos no Conselho de Ética, pela PF, estava prevista para esta terça-feira.

O presidente do Senado está sendo investigado pelo Conselho de Ética em três processos, que tiveram como base denúncias publicadas pela revista Veja. Os dois primeiros foram protocolados pelo PSOL. Um deles apura se o senador tinha parte de suas despesas pagas por um funcionário da empreiteira Mendes Júnior, e o outro investiga suas relações com a cervejaria Schincariol, por quem teria intercedido para impedir a execução de dívidas junto à Receita Federal e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O terceiro foi protocolado pelo Democratas e pelo PSDB para esclarecer a participação de Renan na compra de duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas, em suposta parceria com o ex-deputado e usineiro João Lyra.



21/08/2007

Agência Senado


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