Renan vai definir com líderes data de comparecimento de Thomaz Bastos ao Senado



Após receber a ministra do Supremo Tribunal Federal Ellen Gracie Northfleet, em audiência marcada para as 16h, opresidente do Senado, Renan Calheiros, falará com a imprensa, entre outros assuntos, sobre o comparecimento do ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, para esclarecer a participação de assessores seus no episódio da quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo dos Santos Costa. O ministro ligou para Renan no domingo e adiantou sua intenção de antecipar sua vinda para esta semana. O presidente do Senado disse, no entanto, que conversará com os líderes antes de se posicionar sobre o assunto.

Durante a última semana, vários senadores defenderam a convocação do ministro da Justiça. O senador Arthur Virgílio (AM) chegou a apresentar requerimento à Mesa do Senado para convocar Márcio Thomaz Bastos. Para o líder do PSDB, na justificação de seu requerimento, os fatos relatados revelam "no mínimo, a omissão do ministro no episódio". Mas, durante a sessão plenária de quinta-feira , o senador Tião Viana (PT-AC) leu ofício do próprio Thomaz Bastos colocando-se à disposição dos senadores para comparecimento espontâneo.

Sigilo

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos ouviu o depoimento do caseiro Francenildo, que afirmou ter visto Palocci por diversas vezes em uma casa do Lago Sul, que ficou conhecida como República de Ribeirão Preto por ter sido freqüentada por ex-assessores do ministro quando ele era prefeito da cidade paulista. Há denúncias de que o local era usado para promoção de negócios ilegais.

Dias após ter comparecido à CPI, Francenildo teve seu extrato bancário divulgado pela imprensa. O então presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Mattoso, assumiu a autoria da quebra de sigilo e disse que tomou a providência para atender Palocci e, em seguida, pediu demissão.

Conforme notícia publicada na imprensa, dois assessores de Thomaz Bastos teriam ido à casa de Palocci conversar sobre a movimentação bancária do caseiro. Após as denúncias, o ministro da Justiça informou que seus assessores receberam pedido de Palocci para que a Polícia Federal investigasse depósitos suspeitos na conta bancária do caseiro. No entanto, Thomaz Bastos garantiu que o pedido foi negado por eles.



10/04/2006

Agência Senado


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