Agripino quer reunir no Senado César Maia, Garotinho e Thomaz Bastos
O senador José Agripino (RN), líder do PFL, anunciou que senadores da oposição pretendem apresentar requerimento na quinta-feira (15) para que compareçam à Subcomissão de Segurança do Senado, para falar dos problemas de combate ao narcotráfico no Rio de Janeiro, o prefeito César Maia, o secretário de Segurança do Rio, Anthony Garotinho, e o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos.
A idéia é reuni-los para discussão dos problemas que o Poder Público vem enfrentando no Rio para combater ao crime organizado. Explicou que, apesar de dizerem que há cooperação entre os poderes, na prática isso não está ocorrendo.
- Há muitas reclamações de um poder contra os outros e temos de estudar o que há realmente de fato, pois quem está perdendo com tudo isso não é só o Rio, mas o Brasil todo. Está correndo o mundo a foto de um dos mortos na guerra do narcotráfico sendo transportado em um carrinho de construção civil - afirmou.
Agripino Maia comentou ainda o depoimento de Waldomiro Diniz na CPI da Assembléia Estadual do Rio de Janeiro sobre a fita em que ele aparece pedindo propina ao empresário de jogos Carlos Cachoeira. Lembrou que Waldomiro afirmou que vinha sendo chantageado há tempos pelo repórter-fotográfico Mino Pedrosa.
- O curioso é que Waldomiro sustentou que comunicara essa chantagem a ministros do governo, entre eles o do Justiça, Márcio Thomaz Bastos. No momento em que o assunto chegou ao ministro, o governo deveria ter se preocupado. Mas o que vimos? Vimos Waldomiro pedir dinheiro ao Carlos Cachoeira - disse.
O senador pefelista disse que passou despercebida a afirmação do ministro Celso de Melo, do Supremo Tribunal Federal, que rejeitou liminarmente o mandato de segurança do PFL que pede que o presidente do Senado indique os membros da CPI dos bingos. Lá, sustentou, está clara posição do ministro de que a não-indicação fere o mandamento constitucional que dá às minorias parlamentares a oportunidade de investigação por CPIs. Observou que o mérito da ação ainda será julgado e essa visão do ministro mostra que o PFL obterá êxito em sua intenção.
13/04/2004
Agência Senado
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