Renan volta a dizer que é inocente
O presidente do Senado Federal, Renan Calheiros, afirmou nesta segunda-feira (20) que, até o seu julgamento pelo Conselho de Ética e Decoro Parlamentar do Senado, irá aproveitar todas as oportunidades disponíveis para provar a sua inocência.
- Seja qual for o calendário, vou aproveitar para demonstrar a verdade que carrego comigo, que é do tamanho da inocência que trago todos os dias para esse Senado Federal - disse o senador em entrevista à imprensa.
Renan está sendo investigado pelo Conselho de Ética em três processos, a partir de denúncias publicadas pela revista Veja. Os dois primeiros foram protocolados pelo PSOL. O primeiro, para apurar se o senador tinha parte de suas despesas pagas por um funcionário da empreiteira Mendes Júnior. O segundo, para investigar suas relações com a cervejaria Schincariol, por quem teria intercedido para impedir a execução de dívidas junto à Receita Federal e ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O terceiro, foi protocolado pelo Democratas e pelo PSDB para esclarecer a participação de Renan na compra de duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas, em suposta parceria com o ex-deputado e usineiro João Lyra.
- Hoje não tenho pressa. Eu quero que a verdade aflore e que o povo brasileiro fique absolutamente convencido de quem tem razão. Não é essa coisa de meia-verdade. Tem que ser a verdade inteira - afirmou.
O presidente do Senado disse ainda que sempre esteve à disposição do Conselho de Ética para esclarecimento das denúncias, ressaltando que não vai interferir junto aos demais senadores que deverão analisar as acusações feitas contra ele.
- Não vou pedir apoio de ninguém, mas apenas que observem os fatos, provas e documentos. E que decidam de acordo com sua consciência. Nunca estive menos tranqüilo ou mais tranqüilo. Tenho convicção de minha inocência e vou aproveitar a oportunidade para provar isso - concluiu.
No inicio da noite, antes de deixar o Senado, Renan frisou que não encaminhou novos documentos ao Conselho de Ética, contrariamente ao que a imprensa vinha informando. Na realidade, o conselho recebeu documentos que foram enviados pela Secretaria da Fazenda de Alagoas, os quais estariam relacionados à acusação de que Renan teria parte das despesas pessoais pagas por um funcionário da Mendes Júnior, Cláudio Gontijo, que seria o responsável pelo pagamento de aluguel e pensão alimentícia à jornalista Mônica Velloso, com quem Renan tem uma filha.
20/08/2007
Agência Senado
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