Requião não acredita em novas leis para conter violência



Ao comentar o agravamento da crise na segurança pública, o senador Roberto Requião (PMDB-PR) disse que o Brasil não precisa de novas leis para o setor, mas de uma polícia séria. Para dar um basta à onda de seqüestros que vem atemorizando a classe média das grandes cidades, Requião considera fundamental um governo "que tenha pulso, que seja duro com a polícia e prestigie a banda boa das polícias brasileiras".

- O que nós vemos hoje é o aumento da criminalidade envolvendo a própria segurança e a facilidade e a omissão do governo e do Judiciário - atestou.

O senador discorda da idéia de que a solução para o problema da violência dependa de legislação que imponha "proibições absolutas" ao tratar de alguns crimes. Ele contesta a tese que a aprovação de projetos que dispõem sobre o bloqueio dos bens de familiares de vítimas de seqüestro, por exemplo, leve à redução desse tipo de crime. Relator de três proposições do gênero, o senador diz que não há sentido algum em indisponibilizar bens de familiares de seqüestrados.

- É deixar por conta da polícia a resolução dos problemas de uma forma absoluta - acredita.

Outra iniciativa que tem o voto contrário de Requião prevê a tipificação do crime de seqüestro-relâmpago. O parlamentar também diverge daqueles que defendem a proibição de os meios de comunicação divulgarem os casos de seqüestro.

- Em alguns casos, a divulgação do retrato falado do seqüestrador ou do seqüestrado pode ajudar na identificação dos bandidos e do cativeiro - observou.



29/01/2002

Agência Senado


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