Mauro Miranda cobra do governo plano para conter a violência



Ao comentar o problema da crescente violência no país, o senador Mauro Miranda (PMDB-GO) cobrou do governo federal um amplo debate nacional visando à elaboração de um plano emergencial para conter a onda de violência e restabelecer o clima de confiança do povo nas instituições.

O governo federal, afirmou o parlamentar, deve provar para a sociedade que não se intimida diante das ameaças dos bandidos e assassinos.

- O povo brasileiro está chocado com o avanço incontrolável da violência que toma conta da vida cotidiana, ameaça a cidadania, desafia as instituições, ridicuraliza as autoridades, menospreza a Justiça e desmoraliza completamente a imagem do país - disse o senador.

Mauro Miranda citou a rebelião promovida em São Paulo pela organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) na última segunda-feira (18), em que 13 pessoas foram assassinadas nos presídios de Assis, Hortolândia, Ribeirão Preto, Sorocaba, Zona Leste e Cadeião de Pinheiros. Ele lembrou, ainda, que os integrantes da organização assumiram os atos terroristas acontecidos na semana passada contra a Secretaria da Administração Penitenciária, o Instituto de Previdência de São Paulo e o Departamento de Polícia.

Na opinião do parlamentar, existem dois poderes no Brasil, o constituído, que ainda não acordou para a gravidade da violência, e o do crime, que cresce de maneira assustadora e ameaça impunemente a tranqüilidade da sociedade e os alicerces do Estado.

Mauro Miranda ressaltou que a escalada da criminalidade e da violência encontra sua energia vital no tráfico de drogas, que movimenta mundialmente mais de US$ 500 bilhões, na corrupção alimentada pela "banda podre" da polícia, na falta de coordenação entre os aparatos policiais, na morosidade, na impunidade, "na tolerância inaceitável da Justiça" em relação aos atos criminosos e na falta de ação decisiva do Executivo, que relega o assunto a segundo plano de suas prioridades.

- Indiscutivelmente, as autoridades governamentais têm sido extremamente eficientes e rigorosas em relação ao controle da economia, da inflação e das nossas relações internacionais. Em contrapartida, em relação ao combate ao crime e à violência não podemos dizer o mesmo - afirmou.



22/02/2002

Agência Senado


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