REQUIÃO REBATE ACUSAÇÃO DA REVISTA VEJA
O senador Roberto Requião (PMDB-PR) rebateu nesta segunda-feira (dia 20) acusações feitas na última edição da revista Veja, de que sua esposa teria enviado dólares ao exterior de forma fraudulenta. "Isso é uma calúnia, porque ela apenas comprou dólares com o dinheiro herdado de seu pai (R$ 100 mil) e os mantém como reserva de investimento, operação que é perfeitamente legal e acessível a qualquer cidadão brasileiro", afirmou.Segundo Requião, a revista o procurou antes de publicar a matéria, mas os esclarecimentos foram ignorados. "A revista tenta me envolver numa operação de envio de dólares para o exterior. Os dólares foram comprados ao câmbio de R$ 1,19. Ou seja, U$ 84 mil foi a parte que lhe coube nesse processo. Os R$ 100 mil foram declarados ao Imposto de Renda. Garanti que minha mulher não vendeu os dólares a ninguém. Maristela apenas optou por guardar seus ativos em dólar, moeda mais estável do que o real de papel.Requião solicitou à Mesa Diretora que enviasse cópia de seu pronunciamento desta segunda-feira (dia 20) à Veja. "Sinto-me impotente porque os canalhas que manejam conglomerados da Imprensa estão acima do bem e do mal. O Senado precisa estabelecer uma Lei de Imprensa que garanta a liberadade, mas que ponha na cadeia canalhas, caluniadores e infamantes, como o sr. Civita", afirmou, referindo-se ao presidente do Grupo Abril, que edita a revista.O senador pelo Paraná garantiu que as acusações falsas contra sua mulher partiram da Assessoria de Imprensa do governador Jaime Lerner, seu adversário político. "Várias vezes denunciei que Lerner chefia uma quadrilha que está quebrando o estado. Além de serem publicadas na Veja, as calúnias foram veiculadas na rede CNT, do deputado José Carlos Martinez, que foi derrotado por mim nas eleições do Paraná e denunciado quanto à sua participação no assassinato de posseiros".Em aparte, o senador Edison Lobão (PFL-MA) apresentou sua solidariedade a Requião. "Além de jamais supor que V. Exa. praticaria uma ilegalidade, a boa fé da operação está patente, pois o dinheiro tem origem comprovada e a operação de compra de dólares foi feita por cheque administrativo", observou.
20/09/1999
Agência Senado
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