LAURO REBATE MATÉRIA DA REVISTA "VEJA" SOBRE AUXÍLIO-MORADIA
- A revista está querendo dizer que sou uma espécie de ladrão, porque recebo R$3,2 mil do Senado de auxílio moradia - disse o senador.
A residência, conforme Lauro, foi construída com recursos de seu trabalho como professor universitário e de herança recebida dos seus pais e parentes. Ele acrescentou ter desenvolvido o projeto da residência e trabalhado como mestre-de-obras durante a construção.
- A casa é um projeto de vida que construí ao longo dos anos, através do meu trabalho. Foi feita para abrigar minha família e meus filhos, para que, na minha velhice, pudesse ter ao meu redor a pessoas queridas - explicou o senador.
A publicação da matéria, para o senador, constitui ataque político perpetrado pela elite que não suporta ver um petista morando em condições dignas, e só admite ver seus militantes "morando debaixo da ponte". Ele sugeriu também a participação do governador de Brasília, Joaquim Roriz, no episódio. "Ele tem medo que os vermelhos - como o governador costuma chamar os petistas - cresçam em número tão grande que cheguem a ser igual aos glóbulos vermelhos que revitalizam o nosso metabolismo", comparou.
O senador traçou um rápido histórico de sua vida política, garantindo que, após ter disputado três eleições, jamais recebeu doações de empresários, industriais ou de quem quer que seja. "Nunca tive dinheiro nem para expor outdoor", exemplificou.
Em aparte, o presidente do Senado, Antônio Carlos Magalhães, disse que Lauro Campos poderia ficar tranqüilo por que tem o respeito de todos os senadores. A senadora Heloísa Helena (PT-AL) solidarizou-se com Lauro Campos, salientando a vida de lutas do representante do Distrito Federal. O senador Tião Viana (PT-AC) afirmou que a reportagem é uma atitude isolada que não deve ser levada a sério. O senador Iris Rezende (PMDB-GO) disse que, apesar de divergirem politicamente, sentia-se à vontade para solidarizar-se com Lauro Campos. E o senador Sebastião Rocha (PDT-AP), acentuou que Lauro estava sendo "vítima de uma injustiça".
30/10/2000
Agência Senado
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