Requião repudia ataque de comentarista esportivo



O senador Roberto Requião (PMDB-PR) repudiou com veemência nesta segunda-feira (dia 17), ataque que lhe foi desferido por comentarista esportivo em programa da rede de tevê CNT, sediada em Curitiba (PR). Segundo o senador, que congratulou-se com o Atlético Paranaense pela vitória de 4 x 2 sobre o São Caetano na primeira partida da final do Campeonato Brasileiro, acusaram-no de querer prejudicar o time com uma investigação. Requião explicou que apenas requisitou os documentos contábeis enviados pelo Atlético Paranaense à CPI do Futebol após receber denúncias em seu gabinete sobre a existência de caixa dois no clube. A contabilidade paralela serviria como suporte ao financiamento de campanhas eleitorais e lavagem de dinheiro.

Requião - torcedor do Atlético Paranaense - disse esperar que as denúncias sejam infundadas, mas ponderou que não pode fugir à responsabilidade de senador. Ele solicitou ao relator da CPI do Futebol, senador Geraldo Althoff (PFL-SC), os documentos referentes à contabilidade do clube, mas eles estavam em mãos do presidente da CPI, senador Álvaro Dias (PDT-PR), que por sua vez afirmara não ter encontrado nenhuma irregularidade. Por isso, Requião ainda não teve acesso à documentação, mas prometeu examiná-la durante o recesso de final de ano.

- Tentaram me intimidar, bateram duro em rede nacional. Ontem, fui duramente agredido por um comentarista esportivo que, por acaso, é funcionário da Secretaria de Esportes da Prefeitura de Curitiba, onde está sendo investigado a existência de um caixa dois de campanha do atual prefeito, Cássio Taniguchi. Se houver alguma coisa, é evidente que vou levantar o problema. Gostaria de ver aprofundada essa investigação e, assim que puder examinar os documentos, espero voltar à tribuna para dizer que não existe nada de irregular na contabilidade do Atlético Paranaense - afirmou.

O senador ainda recitou um poema, que disse ter adotado como linha de conduta para sua vida, do poeta português Sidônio Muralha, chamado "Roteiro". Ele deu ênfase à seguinte estrofe: "Parar/ Parar não paro/ Esquecer/ Esquecer não esqueço/Se caráter custa caro/ pago o preço".

17/12/2001

Agência Senado


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