Requião volta a criticar indicação do diretor-geral da ANTT para novo mandato




O senador Roberto Requião (PMDB-PR) afirmou em Plenário, nesta sexta-feira (10), que foi "tratorado" na Comissão de Serviços de Infraestrutura (CI), na reunião de quinta-feira (9). Por falta de apoio da base governista, ele disse que não vingou sua tentativa de transformar em "diligência" a sabatina do diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), Bernardo Figueiredo, marcada para a próxima quarta-feira (15), contra seu voto. A sabatina é parte do processo do exame da indicação de Figueiredo para segundo mandato no órgão.

Na última reunião da CI de 2011, o senador Lindbergh Farias (PT-RJ), apresentou relatório favorável à recondução do diretor-geral ao cargo. No mesmo dia, Requião apresentou fatos que, no seu entendimento, desabonariam Figueiredo para novo mandato. Ele acusa o diretor-geral de defender interesses privados no órgão, inclusive de deixar de exigir o exato cumprimento de contratos de concessões de vias férreas.

O senador afirmou que, na reunião, com um "quórum extraordinário" formado pela base do governo (da qual disse também fazer parte), a CI decidiu não mais ouvir pessoas que ele havia indicado para prestar informações sobre os fatos em que supostamente estaria envolvido o diretor-geral. Segundo ele, na forma do regimento, essas pessoas se manifestariam por escrito ou oralmente, na própria comissão.

- A base do governo fez ouvido mouco às minhas preocupações - afirmou.

Por considerar que a base do governo não deseja lhe escutar, Requião aproveitou o pronunciamento para se dirigir à presidente Dilma Rousseff para fazer chegar a ela informações sobre o indicado que considera importante serem examinadas. Entre essas, mencionou obra de um novo ramal ferroviário no Paraná, com custo estimado em R$ 150 milhões pelo estado, à época em que ele era governador. Segundo o senador, a ANTT, no entanto, teria sugerido que o valor seria de R$ 550 milhões, ao mesmo tempo em que indicou a empresa ALL para desenvolver o projeto, em regime de Parceria Público-Privada, com financiamento do BNDES.



10/02/2012

Agência Senado


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