Retirada de quórum adia votação dos vetos: PT protesta e Oposição rebate
A Assembléia apreciou, na sessão de ontem à tarde, seis dos 21 vetos, que estão trancando a pauta de votações. Depois de rejeitar cinco, e aceitar um dos vetos do Executivo aos projetos de autoria dos deputados, o plenário não deu quórum para a continuidade das votações,encerrando-se a Ordem do Dia.
O líder do governo, deputado Ivar Pavan (PT) acusou a oposição de romper o acordo de lideranças, que previa a apreciação de todos os vetos hoje. O deputado definiu a atitude como “uma tentativa de evitar que o governo tome iniciativas para atender os interesses da população do Estado.”
Disse que primeiro os oposicionistas cobravam a falta de planos de governo e agora, quando projetos de leis de interesse da população como os programas de Inclusão Social, Primeiro Emprego, Frentes de Trabalho e Garantia de Renda Mínima, aguardam apreciação, impedem a autorização legislativa para que as iniciativas não sejam implementadas.
O deputado Mário Bernd, líder da bancada do PMDB, rebateu o líder governista, dizendo que quem não cumpre acordos “é o PT e o governo Olívio Dutra”. E lembrou episódio da negativa de cedência de técnicos de outros órgãos que assessoravam a sua bancada, afirmando que o episódio levou o PMDB a decidir que “não daria nenhum tipo de acordo para incluir na Ordem do Dia projetos dos quais o governo teria interesse na urgência de apreciação”. Disse que esse tipo de retaliação do atual governo nunca houve por parte de governos dos partidos que já administraram o Estado.
O deputado José Farret (PPB) justificou a atitude oposicionista, dizendo tratar-se de uma estratégia normal. E que isso não dá o direito ao governo de considerá-la irresponsável, até porque “raros foram os projetos de interesse do Rio Grande do Sul a que não votamos favoravelmente, e muitos desses aprovados até hoje não saíram do papel.
04/05/2001
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