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O senador Antonio Carlos Júnior (DEM-BA), que substituiu o pai no exercício do mandato, foi um dos oradores da cerimônia. O deputado federal Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM-BA) também participou do ato, ao lado de outros membros da família e amigos. Entre muitos senadores, estava José Sarney (PMDB-AP), um dos mais próximos do senador baiano ao longo de sua vida política.

Apesar de ausente, o presidente da CCJ, senador Marco Maciel (DEM-PE), enviou uma mensagem, lida durante a cerimônia. No texto, Marco Maciel afirmou que a história do país, da segunda metade do século 20 para cá, não pode ser escrita sem incluir "a densa personalidade de ACM, para quem a política, mais do que uma profissão, era uma atividade de vida". O discurso também destacou o amor do senador falecido pela Bahia, "sua primeira devoção", mas também assinalou sua atenção para com o Nordeste e todo o país.

- Parecia não haver limites em sua disposição de realizar, não apenas o que podia e devia, mas, se necessário, tentar o impossível - sustentou Marco Maciel.

Valter Pereira ratificou a mensagem do presidente da CCJ afirmando que a homenagem era a expressão de testemunho e saudade dos integrantes da comissão a Antonio Carlos Magalhães, que "serviu com desvelo ao Congresso Nacional e às instituições pátrias". Nos discursos de homenagem, foi citada a proposta de criação do Fundo de Combate à Pobreza, que financia ações sociais, como o Bolsa-Família, como uma de suas principais iniciativas como homem público.

Desafio à saúde

Em nome da família, Antonio Carlos Júnior reverenciou a memória do político, que faleceu no desempenho do mandato de senador na atual legislatura. O parlamentar destacou o apreço de seu pai para com a CCJ, a qual presidiu por dois anos e meio, só tendo se licenciado pouco antes do falecimento. Para Antonio Carlos Júnior, ACM desafiou a própria saúde, mas cumpriu os objetivos que tinha estabelecido para sua gestão.

Do mesmo modo que Antonio Carlos Júnior, diversos senadores ressaltaram o fato de ter sido votada pela CCJ, em reunião ocorrida antes da cerimônia, emenda de Plenário a matéria que representou um dos últimos grandes esforços do senador na comissão: a proposta de emenda à Constituição (PEC 5/07) que cria o Fundo de Combate à Violência e Apoio às Vítimas da Criminalidade. Além de propor a instituição do fundo, ACM liderou a mobilização para acelerar a aprovação de leis de aprimoramento do combate à criminalidade que já tramitavam no Senado.

Como lembraram os senadores, o esforço do que foi chamado "pacote contra a violência" nasceu como resposta à sociedade diante do mal-estar que se seguiu à morte do menino João Hélio, no Rio de Janeiro. O garoto morreu depois de ser arrastado pelas ruas do Rio de Janeiro atado ao cinto de segurança do carro de seus pais. Houve críticas dos senadores ao fato de muitas das matérias do pacote ainda aguardarem votação na Câmara dos Deputados.

Muitos senadores também assinalaram que a aprovação final do Fundo de Combate à Violência representará a mais significativa homenagem à memória de ACM. Nesse sentido, falaram César Borges (DEM-BA), Arthur Virgílio (PSDB-AM), Lúcia Vânia (PSDB-GO), José Agripino (DEM-RN), Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Aloizio Mercadante (PT-SP). Participou também da homenagem o embaixador Paulo de Tarso Flecha de Lima, ao lado de sua família.

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