Rezende pede maiores investimentos de empresas em inovação
Atualmente, informou Rezende, o Brasil dedica 1,3% de seu Produto Interno Bruto (PIB) à pesquisa científica. É pouco, admitiu, quando se compara o número aos 2,5% do PIB na Coréia do Sul ou aos 2,7% do PIB nos Estados Unidos. O governo tem dedicado quantias crescentes ao setor nos últimos anos, disse o ministro. Mas a redução da diferença em relação a países como Coréia e Estados Unidos se tornará mais fácil, em sua opinião, na medida que crescerem os investimentos feitos pelo setor privado nacional.
- A maioria das empresas ainda não percebeu como o investimento em pesquisa pode contribuir para o desenvolvimento do processo produtivo. Mas nada melhor para alterar a cultura empresarial do que incentivar empresários inovadores. Quando outros empresários virem que os inovadores estão ganhando mais dinheiro, perceberão a diferença - previu.
Dos 95 mil doutores registrados no país, citou o ministro, apenas 1% está contratado por empresas. Nos Estados Unidos, comparou, mais de 30% dos doutores trabalham no setor privado. Além de aproximar empresas e pesquisadores, o governo pretende ainda estimular a formação de novos cientistas, especialmente em áreas como a nuclear, a espacial e a de energias renováveis.
O governo também definirá, de acordo com Rezende, setores prioritários para o desenvolvimento de pesquisas realizadas pelo sistema universitário nacional. Ele citou como exemplos os investimentos destinados à atual Rede de Biotecnologia do Nordeste e a nova Rede de Estudos Climáticos, que será lançada em breve pelo ministério e envolverá pesquisadores dedicados à análise dos efeitos do aquecimento global.
Também se encontram entre os setores prioritários, segundo o ministro, os de biocombustíveis, espacial e nuclear, além da televisão digital. Ao contrário do que se divulga repetidamente, observou, existe forte conteúdo tecnológico nacional no novo sistema de televisão digital - aí incluído o chamado middleware, ou programa que comandará os mecanismos de interatividade da nova televisão.
O ministro demonstrou ainda, durante a audiência, entusiasmo com o sucesso das olimpíadas de matemática destinadas a estudantes da rede pública de ensino. Entre os 14 milhões de estudantes inscritos em 2006, afirmou, centenas obtiveram notas muito boas, mesmo nas localidades mais distantes do interior do Brasil.
- Se conseguimos produzir craques de futebol em todo o país, desde que eles tenham oportunidade, isso também será possível na matemática - comparou.
11/04/2007
Agência Senado
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