Ricardo Ferraço presta homenagem às mulheres e elogia redução da Selic



O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) homenageou, nesta quinta-feira (8), as mulheres brasileiras na figura da capixaba Emiliana Viana Emery, a primeira eleitora do Espírito Santo e uma das primeiras do país.

Da tribuna do Plenário, ele contou que em 1929 ela ganhou na Justiça o direito de votar. Viúva cedo, Emiliana criou sete filhos no município do Alegre, sul do estado, e foi empresária próspera na hotelaria. Seu hotel foi fechado pela Revolução de 30, liderada por Getúlio Vargas (1882-1954).

- Ela marcou o seu tempo com a sua determinação. Representa uma infinidade de mulheres que no seu anonimato superam desafios e contribuem de maneira relevante para a construção desse imenso país.

Copom

No mesmo pronunciamento, Ferraço elogiou a redução da taxa básica de juros para 9,75% ao ano, determinada pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central. O recuo, de 0,75 ponto percentual, é o quinto consecutivo. Entretanto, Ferraço afirmou que, embora audaciosa e corajosa, a decisão não impacta diretamente os trabalhadores e microempresários que precisam de crédito.

- Todos sabemos que é preciso ir além. A verdadeira coragem se dará no dia em que o Banco Central enfrentar o spread do sistema financeiro brasileiro, diminuindo as margens estratosféricas desse sistema – disse.

Em aparte, o senador Roberto Requião (PMDB-PR), concordou com Ricardo Ferraço, dizendo que vinha sendo implementada uma equivocada política de valorização da economia financeira, a que denomina “capital vadio” por não gerar bens nem emprego. Ele informou que a Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) recentemente publicou um estudo que mostra a queda da economia brasileira nos últimos 30 anos em relação ao crescimento de outros países que investiram na indústria e na produção neste período.

Indústria

De acordo com o estudo citado por ele, em 1980 a economia industrial brasileira seria maior do que a da China com os tigres asiáticos. Hoje, a economia brasileira representa, segundo Requião, apenas 15% das economias desses mesmos países. Para ele, a solução seria reduzir impostos de setores da indústria que estão quebrados ao mesmo e, em contrapartida, aumentar os juros do capital financeiro.

- A redução do Copom é importante, mas atrasada. Hoje a presidente Dilma poderia carregar no custo do capital financeiro, vadio, que não produz nada – sugeriu Requião.

Da Redação



08/03/2012

Agência Senado


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