Rio de Janeiro inicia comemoração pelo Dia Mundial da Saúde
Para comemorar o Dia Mundial da Saúde, celebrado no dia 7 de abril, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) promove nesta terça-feita (3) um encontro aberto ao público sobre os hábitos simples que podem salvar vidas. O seminário Pequenos Procedimentos de Grande Impacto será realizado na sede do instituto, em Manguinhos, Rio de Janeiro, a partir das 11h.
Governo incentiva a população a ter bons hábitos alimentares.
Fiocruz é a maior instituição de Ciência e Tecnologia em Saúde da América Latina.
Para um dos coordenadores do evento, o especialista em medicina tropical, Claudio Ribeiro, além da falta de saneamento básico, que atinge quase metade da população, a informação precária sobre doenças como malária e diarréia - de origem viral e bacteriana - contribui para mortes que poderiam ser facilmente evitadas.
“A ideia do seminário é sensibilizar professores, médicos e alunos para que informações básicas de saúde cheguem a todos. Por exemplo, há uma maneira certa de lavar as mãos e não adianta lavá-las e depois tocar a maçaneta de um banheiro público. Existem procedimentos corretos em locais públicos”, esclareceu o pesquisador, que lembrou que o procedimento de lavar as mãos já salvou milhões de vidas ao longo da história da humanidade.
Durante o evento, quatro temas serão abordados: a higiene das mãos, por Patrícia Yvonne, da Adler Consultoria e do Hospital Universitário Antônio Pedro; a vacinação; a prevenção da dengue e; a prevenção da malária.
Segundo Ribeiro, embora haja um número razoável de recursos diagnósticos ou terapêuticos no País, a população sabe pouco sobre como evitar doenças, como elas são transmitidas e o que pode e deve cobrar dos governos. “É necessário que haja informação permanente. Pela rádio, nas estações de ônibus, de metrô, sobretudo nas escolas, pois as crianças chegam em casa e ensinam os pais”, acrescenta.
Se por um lado a educação da população ainda é um desafio enorme, na área de pesquisa acadêmica, nos últimos dez anos, o Brasil avançou muito devido ao aumento de financiamento e da cobrança de qualidade do que tem sido produzido,aponta o pesquisador.
“Entre 145 países onde existem doenças tropicais, o Brasil é responsável por 20% da produção mundial de conhecimento na área de saúde. Um desempenho muito bom”, comemorou o médico.
Segundo ele, o Brasil tem tido um desempenho excepcional ao investir pesadamente no financiamento de pesquisas em doenças tropicais por serem causas importantes das patologias. “Agora falta investir pesadamente na educação das pessoas”, concluiu Ribeiro.
Fonte:
Agência Brasil
03/04/2012 11:39
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