TIÃO VIANA DISCURSA PELO DIA MUNDIAL DA SAÚDE
Ao discursar pelo Dia Mundial da Saúde, o senador Tião Viana (PT-AC) lamentou nesta quarta-feira (dia 7) que, por falta de decisão política, doenças quase erradicadas no Brasil estejam voltando com força, como é o caso da malária, da dengue e da tuberculose. "O Brasil registra 100 mil casos anuais de malária, quase que exclusivamente na região Norte, quando todos sabem que seu controle efetivo é simples e barato", enfatizou.Segundo Tião Viana, na hora que o governo quiser acabar com endemias, em especial com a malária, ele logrará fazê-lo. "A Fundação Nacional da Saúde (FNS) - apesar de seu passado fantástico com a Sucam e seus guardinhas vestidos de amarelo - se tornou inoperante nos últimos 20 anos, incapaz de combater endemias. Mas mantém um verdadeiro exército de profissionais de saúde, capazes de promover uma revolução na saúde pública do país, caso exista vontade política do governo nesse sentido", garantiu. O senador pelo Acre citou estatísticas da Funai, mostrando que a expectativa de vida dos índios Yanomami é de apenas 24 anos. "Enquanto a FNS e a Funai discutem sobre a responsabilidade da saúde dos indígenas, eles estão sendo dizimados pela malária e pela tuberculose. É um autêntico caso de genocídio", indignou-se.Em apartes, os senadores Gilberto Mestrinho (PMDB-AM), Carlos Patrocínio (PFL-TO), Geraldo Cândido (PT-RJ) e Sebastião Rocha (PDT-AP) também manifestaram-se preocupados com a deterioração que vive a saúde no Brasil. Para o senador Moreira Mendes (PFL-RO), o governo gastaria muito menos em saúde pública se investisse na prevenção das endemias ao invés de optar por tratá-las em hospitalização.
07/04/1999
Agência Senado
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