Roberto Cavalcanti: ACM não permitiria a humilhação do Senado
O senador Roberto Cavalcanti (PRB-PB) lembrou, nesta quinta-feira (16), os dois anos de falecimento do senador Antonio Carlos Magalhães, a se completarem na segunda-feira (20). Notando a coincidência entre a data e a comemoração do Dia do Amigo, o parlamentar disse que falava como um admirador do político morto em 2007, aos 80 anos.
Para Roberto Cavalcanti, ACM foi um dos maiores homens públicos da história do Brasil, tendo exercido os cargos de prefeito, governador, ministro, deputado e senador. Ele teria obtido o enorme poder que o notabilizou de uma "inquestionável competência administrativa".
Mas a vocação para o poder exercida durante 53 anos de vida pública rendeu ao baiano Antonio Carlos tanto o amor quanto o ódio, conforme o senador pela Paraíba, que se orgulha de ter merecido de ACM "as maiores atenções e carinho", mesmo sem nunca ter sido seu correligionário.
- Dotado de uma maneira de ser sui generis, ele não admitia meios termos. Era amado pelos que o admiravam e odiado pelos seus adversários. Dono de um estilo personalíssimo: sabia ser amável e terno com os mais queridos, mas sabia também ser implacável com os adversários - testemunhou Roberto Cavalcanti.
O próprio senador do PRB foi quem lembrou da tribuna as duas alcunhas, de sentido antagônico, atribuídas a Antonio Carlos Magalhães - Toninho Malvadeza e Toninho Ternura. E observou que ACM se orgulhava de ambas.
Desde a primeira eleição, em 1954, para deputado estadual, na Bahia, até o final da sua vida, como senador, Antonio Carlos foi um dos homens mais poderosos do país, de acordo com Roberto Cavalcanti. A avaliação poderia ser corroborada por um dos bordões de ACM: "Reunião em que eu não vou, não vale".
Depois de lembrar que Antonio Carlos mudou a face da Bahia, desenvolvendo-a e modernizando-a, ressaltou as qualidades do parlamentar que presidiu o Congresso e deu ao poder a respeitabilidade que merece.
- Ele levou às últimas consequências a independência e a altivez do Parlamento e jamais admitiu que alguém colocasse o Legislativo de joelhos. Se Antonio Carlos fosse vivo, não estaríamos passando por uma situação tão vexaminosa, em que senadores e funcionários, indistintamente, são jogados na vala comum do descrédito público - disse Roberto Cavalcanti.
16/07/2009
Agência Senado
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